
O café é o segundo produto mais comercializado em todo mundo e, por isso, a renda gerada por ele tornou-se muito importante para equilibrar o comércio entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.
A qualidade do café é o fator determinante no preço de venda do produto. Portanto, pouco a pouco, as portas do mercado para cafés de baixa qualidade vão se fechando. Por isso, o produtor brasileiro que pretende ter na cafeicultura o seu principal objetivo deverá se especializar e adotar tecnologia moderna para a produção de cafés de qualidade superior.
Uma fazenda de café no interior de Minas Gerais conseguiu cortar custos e remunerar mais com técnicas de administração: são produzidas cerca de 47 sacas de café por hectare e o custo é de aproximadamente R$238,40. A quantidade produzida é quase o dobro da média nacional, ao passo que o valor é menor do que o praticado no Brasil.
O sucesso veio a partir de técnicas de administração. A produtividade na propriedade era boa, mas falta conhecimento para que ela pudesse ser otimizada. Após a contratação de um engenheiro especializado em planos de gestão para empresas urbanas e rurais, foi possível obter esses índices positivos.
Os 4 pilares da administração são: pessoas, processos, finanças e auditorias. Antes de gastar, o departamento financeiro faz uma pesquisa e também negocia muito. Outro segredo é manter os funcionários bem motivados, pois, quem produz mais e melhor é premiado.
Também são estabelecidas metas diárias a serem cumpridas pelos funcionários, monitorados pelo gerente de sua área. Cada vez que um funcionário bate uma meta, seu prêmio é em dinheiro, pago ao final do mês, junto ao salário. E, ainda, ao final da safra, caso os gastos fiquem abaixo do orçamento, todos os funcionários recebem gratificações, que variam de 2,5 a 5,5 salários, de acordo com o cargo.
Outra estratégia adotada é a utilização de tecnologia e criatividade. Com as interferências externas, para cumprir as metas, a tecnologia e a criatividade são essenciais. O clima, aumento nos custos dos insumos e do preço do produto no mercado internacional são exemplos de algumas dessas interferências.
Máquinas multifuncionais
As máquinas multifuncionais, isto é, que realizam mais de uma operação também são fundamentais para a redução de custos, uma vez que se economiza em combustível, manutenção e mão de obra, além de diminuir o risco de compactação do solo.
Sem irrigação
A fazenda também não utiliza irrigação: apenas a água que cai no verão. Isso porque ela fica armazenada no subsolo e é reaproveitada com essa finalidade. O capim do tipo braquiária auxilia no armazenamento, uma vez que melhora a porosidade do solo.
Adubação
Também investe-se na adubação, que é feita para que as raízes cresçam e alcancem a água armazenada no solo. Através de um planejamento, o adubo chega na hora e dose certa e o controle de pragas e doenças é feito com o monitoramento da lavoura.
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Fonte: Globo Rural – g1.globo.com
por Renato Rodrigues
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