
Para se alimentar, os ácaros perfuram as células da parte superior das folhas e absorvem parte do conteúdo celular.
O ácaro-vermelho é uma praga que causa amarelamento e necrose nas folhas e frutos das culturas as quais ataca. Ela já é conhecida em vários países do mundo e chega a causar perdas de até 75% de produtividade.
Detectada em julho de 2009, no município de Boa Vista, capital do estado de Roraima, se espalhou para outros municípios da região e a preocupação, agora, é que ultrapasse as fronteiras e ataque plantações de outros estados do país.
Até agora, sabe-se que a principal fonte de disseminação é o transporte de mudas via deslocamento rodoviário, então, estão sendo feitas fiscalizações em veículos para evitar o transporte de plantas contaminadas. A praga pode infestar várias frutas, vegetais e plantas ornamentais, como a azaléia, romanzeiro, camélia, pitanga, banana, coco, entre outros. Para o cultivo de café, essa é considerada a segunda pior praga. No Brasil, a primeira referência ao ácaro-vermelho atacando cafeeiro foi no estado de São Paulo, em 1950, juntamente com o ácaro da mancha-anular.
Para se alimentar, os ácaros perfuram as células da parte superior das folhas e absorvem parte do conteúdo celular. Em consequência, as folhas perdem o brilho natural, e tornam-se bronzeadas, dando um péssimo aspecto às plantas.
O professor Dr. Paulo Rebelles Reis, especialista em entomologia e acarologia, explica no curso Pragas do Cafeeiro, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, que “a população do ácaro-vermelho aumenta como resultado de uma estiagem e, ao contrário, sua população praticamente desaparece no período chuvoso. Assim, chuvas pesadas paralisam seu ataque e propiciam às plantas condições de vegetação e recuperação, não sendo necessária nenhuma medida de controle químico”.
Quando o controle químico for necessário, deve ser realizado com a pulverização de acaricidas específicos, de preferência seletivos aos seus inimigos naturais ou enxofre, visando as plantas das reboleiras atacadas e com sintomas, e também aquelas ao seu redor.
Por: Ariádine Morgan
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