A alimentação é o fator mais decisivo dentro de um confinamento, uma vez que ela chega a representar 70% a 80% do custo de um animal confinado. Por isso, é importante que voltemos nossa atenção para um criterioso programa nutricional para os animais.
“Sabemos que os alimentos comumente utilizados em um sistema de engorda são divididos basicamente em dois grupos: volumosos e concentrados”, afirma Gilmar Ferreira Prado, professor do Curso a Distância CPT Alimentação de Bovinos de Corte.
Um exemplo de concentrado mais consumido pelos ruminantes é o milho em grão, que é um dos alimentos mais produzidos no Brasil, logo o preço geralmente se torna acessível para produtores que vão confinar seus animais.
Esse ingrediente pode ser parcialmente substituído por sorgo, farelo de arroz, farelo de trigo, dentre outros. Porém, é importante sempre pesquisar os preços em sua região, tendo em mente que o milho é o concentrado energético “padrão”, devido às suas características nutricionais conciliadas com seu preço.
Em algumas épocas do ano, como as colheitas de safra de milho e até safrinha, uma prática se tornou bastante utilizada entre os produtores. A utilização das dietas de grão inteiro está tomando conta do mercado, instigando as indústrias a investirem em pesquisas e desenvolvimento de núcleos que complementem as exigências nutricionais, conciliando o uso de diversos aditivos que evitam o desenvolvimento de distúrbios metabólicos.
O milho é a maior e principal fonte de energia disponível que temos para nossos animais. Neste caso, se o animal deve ingerir de 6 a 8 kg de ração por dia, 80% dessa ração deve ser milho. Porém, para esta dieta, não é permitida a utilização de qualquer milho. O produtor deve utilizar apenas grãos relativamente grandes, livres de carunchos, sem sabugo, sem presença de mofo, sem sementes de pragas ou outras sujidades.
Além do milho, que é um concentrado energético (apresenta menos de 20% de proteína bruta), a outra porção do alimento concentrado é a porção proteica (com mais de 20% de proteína) e tem como principal representante o farelo de soja. Após a extração do óleo de soja, seja por prensa, seja por extração química, temos o ingrediente mais utilizado na alimentação animal para suprir a exigência de proteína. A partir desse preceito, se um produtor encontra milho e farelo de soja a preços acessíveis, deve, sem dúvida, utilizá-los como primeira opção.
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Por Silvana Teixeira.
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