O alimento volumoso é o principal alimento dos ruminantes e, felizmente, o mais sustentável, em termos ecológicos e financeiros. Para o sistema de produção, é uma forma barata de se produzir alimento, quando fornecido em forma de pastagens. “Dessa forma, um dos primeiros focos de investimento que o produtor deverá ter (após a infraestrutura) é em relação à produção de silagens”,afirma Gilmar Ferreira Prado, professor do Curso a Distância CPT Alimentação de Bovino de Corte.
- Silagem
A silagem nada mais é do que a reserva de volumoso para os períodos secos, em que, na grande maioria dos casos, não existe disponibilidade de alta qualidade. Porém, nenhuma prática deve ser executada sem conhecimento prévio e o estudo das condições para se produzir silagem. Ao iniciarmos com o cultivo da planta forrageira, devemos determinar, após um breve estudo de qualidade nutricional, o custo que o cultivo vai representar e as vantagens que a prática em si proporcionará para o sistema.
- Milho e sorgo
O milho e o sorgo são as culturas mais utilizadas no processo de ensilagem, pois são plantas de melhor manejo e mais “adaptadas” a esse processo, resultando quase sempre em silagem de boa qualidade, sem a necessidade de uso de aditivos. Nos casos de solos mais férteis e condições ambientais mais favoráveis, o milho é o mais recomendado, enquanto o sorgo (que representa uma perda mínima nutricional em relação ao milho) é mais recomendado para solos pobres.
- Milheto e Girassol
Outras culturas também são utilizadas como opções secundárias. O milheto possui qualidade inferior ao milho e sorgo, por possuir menor quantidade de grãos. O girassol é bastante utilizado como cultura de safrinha, devendo ser monitorado apenas por possuir umidade muito alta em seu ponto de corte.
Em se tratando de forrageiras, estritamente as volumosas, temos o capim-elefante, que, dependendo da qualidade (cultivar), pode ser colhido com 60-70 dias, tomando cuidado apenas com o tamanho de corte da partícula e o controle da umidade do capim. Também podemos explorar outros capins tropicais, aproveitando o cultivo intenso nas diversas regiões do país.
A silagem de cana é uma opção disponível, principalmente na última década em que o cultivo se intensificou, devido ao forte mercado de etanol. Porém, a cana, entre todas as opções, é a que mais apresenta índices de perdas, devido à dificuldade de compactação (fator também presente no capim-elefante), ao grande volume de carboidrato convertido de forma ineficiente, tanto ligado ao tipo de carboidrato, quanto ligado à presença de oxigênio, devido à dificuldade de compactação e, por último, o baixo nível nutricional, tanto pela baixa qualidade de proteína e a ausência de carboidratos de reserva, como o amido.
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Por Silvana Teixeira.
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