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Cana-de-açúcar: principais pragas e métodos de controle

Junto ao controle das doenças que atacam os canaviais vem, também, a necessidade de se fazer o controle das principais pragas da cana-de-açúcar

Cana-de-açúcar: principais pragas e doenças   Artigos Cursos CPT

Junto ao controle das doenças que atacam os canaviais de todo o país vem, também, o controle das principais pragas, responsáveis por gerar grandes prejuízos aos produtores.

Além disto, o efetivo controle de formigas e cupins também deve ser feito já que sua infestação pode por a perder todo o investimento.

“Existem muitos nomes populares para as espécies de formigas cortadeiras, mas quanto a isso elas podem ser divididas em dois grandes grupos: saúvas e quenquéns”, afirma o professor Luiz Antônio de Bastos Andrade, do Curso Cultivo de Cana-de-Açúcar para Produção de Cachaça.

1- Formigas


- Saúvas (gênero Atta)

Essas são as formigas cortadeiras mais conhecidas no Brasil. As operárias, que possuem três pares de espinhos no dorso do tronco e a superfície dorsal do gáster lisa, sem tubérculos, são extremamente agressivas quando manuseadas.

São facilmente reconhecidas porque apresentam grande variação no tamanho das operárias. Seus ninhos podem atingir profundidades superiores a cinco metros e dimensões consideráveis; já foram encontradas câmaras subterrâneas em que uma pessoa podia ficar em pé no seu interior.

Além disso, é comum encontrar sauveiros com área de terra solta superior a 200 m2. As saúvas operárias podem cortar folhas a uma distância de até 400 m.


- Quenquéns (gênero Acromyrmex)

As quenquéns são formigas cortadeiras muito semelhantes às saúvas, com as quais podem ser confundidas, notadamente, pelo constante hábito que também têm de carregar pedaços de vegetais para os seus ninhos.

Suas operárias, que nem sempre demonstram agressividade, têm no dorso do tronco quatro ou cinco pares de espinhos e numerosos tubérculos na superfície dorsal do gáster, o que lhes confere uma aparência áspera quando visto de lado.

Apesar de serem parecidas com as saúvas, um ninho de quenquém é fácil de ser reconhecido, porque raramente atinge a profundidade e o tamanho avantajado dos sauveiros e as colônias não apresentam soldados cabeçudos como as saúvas.

Suas câmaras ou panelas não são tão grandes quanto as das saúvas e geralmente são superficiais; as mais profundas raramente atingem um ou dois metros de profundidade.


Controle de formigas
Na fase inicial de desenvolvimento, o combate às formigas deve ser feito com bastante rigor, usando pessoas treinadas para aplicação dos formicidas (pó, isca ou gás).

2- Cupins


Cana-de-açúcar: cupins   Artigos Cursos CPT


Os cupins, também chamados de siriris, siricas ou aleluias, são insetos normalmente associados a danos a plantas cultivadas e a construções, tanto no ambiente rural como no ambiente urbano. São insetos de hábitos subterrâneos, vivem em colônias altamente organizadas.

A alimentação preferida é a matéria orgânica morta ou em decomposição, mas alimentam-se também de vegetais vivos.

Os ataques de cupins são dificilmente detectados em seus estágios iniciais, visto que tais insetos frequentemente utilizam túneis subsuperficiais para atingir seu alvo. Assim, a percepção da presença dos cupins ocorre, via de regra, somente quando o ataque atinge níveis bastante elevados.

Os principais prejuízos ocasionados pela infestação de cupins são causados aos toletes destinados aos novos plantios. Penetrando pelas extremidades, os cupins destroem o tecido parenquimatoso e as gemas, causando falhas na lavoura.

Nas brotações, o ataque ocorre no sistema radicular, provocando debilidade da nova planta. Logo após o corte, e principalmente quando houve queima do talhão, o ataque ocorre na soqueira através da incisão dos tocos e consequente destruição das raízes e rizomas.

Nas canas adultas, a penetração ocorre através dos órgãos subterrâneos secos, atingindo até os primeiros internódios.


- Controle

O controle é feito com a destruição dos ninhos e dos restos culturais, através de um profundo preparo do solo.

Na cultura da cana-de-açúcar, os cupins podem causar danos de até 10 toneladas por hectare no ano, o que representa cerca de 60 toneladas por hectare durante o ciclo da cultura.

No controle dos cupins subterrâneos, recomendam-se, normalmente, aplicações de inseticidas de longo poder residual, impedindo, assim, que esses insetos infestem as touceiras de cana.


3- Pragas


Cana-de-açúcar: besouros   Artigos Cursos CPT


Além de formigas e cupins, estas são pragas que atacam o canavial:


- Besouro Migdolus fryanus

Besouro ataca a cana em sua fase larval, sobre o sistema radicular. As perdas provocadas por esse inseto podem variar de algumas toneladas de cana por hectare até, na maioria dos casos, a completa destruição da lavoura, resultando na reforma antecipada, mesmo de canaviais de primeiro corte.

Controle

O controle do besouro Migdolus é difícil e trabalhoso. O método mais simples e prático de controle é o químico aplicado no sulco de plantio. Essa forma de aplicação de inseticidas tem revelado resultados promissores no combate a essa praga.


- Broca-da-cana

Também conhecida como Diatraea saccharalis, cujo adulto é uma mariposa de hábitos noturnos,  realiza a postura na parte dorsal das folhas. Nascidas, as lagartinhas descem pela folha e penetram no colmo, perfurando-o na região nodal.

Dentro do colmo, cavam galerias, onde permanecem até o estádio adulto. Os prejuízos decorrentes do ataque são a perda de peso devido ao mau desenvolvimento das plantas atacadas, morte de algumas plantas, quebra do colmo na região da galeria por agentes mecânicos e redução da quantidade de caldo.

Controle

O mais eficiente é o controle biológico através de inimigos naturais que, criados em laboratórios, são liberados no campo, em glebas previamente levantadas, para determinar a intensidade de infestação.

Algumas medidas culturais auxiliares podem ser adotadas, como o uso de variedades resistentes; o corte da cana o mais rente possível do solo; evitar o plantio de plantas hospedeiras (arroz, milho, sorgo e outras gramíneas) nas proximidades do canavial; e evitar queimadas desnecessárias, principalmente o "paliço".

- Elasmo

Elasmopalpus lignosellus ataca durante o desenvolvimento inicial da cultura, com o adulto realizando a postura na parte aérea da cana.

As larvas recém-nascidas alimentam-se inicialmente de folhas, caminham em direção ao solo e, na altura do colo, perfuram o broto, abrindo galerias no seu interior.

Uma marca do ataque é que no orifício de entrada da galeria as larvas constroem, com fios de seda, terra e detritos, um abrigo de forma tubular, onde permanecem a maior parte do dia, saindo à noite para atacar outras plantas jovens nas proximidades.

Esta perfuração basal na planta nova provoca a morte da gema apical, seguida de amarelecimento e seca das folhas centrais, surgindo o conhecido coração morto.

Em muitos casos, a planta atacada morre, gerando falhas na lavoura; em outros casos, a planta recupera-se, emitindo perfilhos. Os prejuízos são mais intensos na cana-planta.

Controle

Em glebas infestadas, onde a praga constitui problemas, pode-se indicar o controle químico, por meio de pulverizações de inseticidas.


- Gorgulho-rajado ou besouro-da-cana

Sphenophorus Levis tem hábitos noturnos, apresenta pouca agilidade e simula-se de morto quando atacado. A postura dos ovos é realizada ao nível do solo, ou mais abaixo, nos rizomas.

As larvas nascidas são brancas, com cabeça e corpo volumosos, ápodas, de hábitos subterrâneos e elevada sensibilidade ao calor e à desidratação.

Elas penetram nos rizomas, em busca de alimento e abrigo, construindo galerias irregulares onde permanecem até os primeiros dias do estádio adulto.

Bloqueando a parte basal das plantas e rizomas, surge amarelecimento do canavial, morte das plantas e falhas nas soqueiras. A intensidade dos prejuízos se dá em função da população da praga.

Controle

Até o momento, o controle recomendado é feito durante a reforma do canavial, através de uma aração nas linhas de plantio, procurando revolver os restos culturais e expor as larvas à ação dos raios solares e inimigos naturais.

Cerca de duas a três semanas após, complementa-se essa operação com enxada rotativa para triturar e acelerar a seca do material. Duas semanas depois, faz-se o preparo normal do solo. O uso de iscas envenenadas constitui outro método de controle.

As iscas constam de duas metades de um tolete de aproximadamente 30 cm, seccionado longitudinalmente, dispostas lado a lado. As iscas são previamente mergulhadas em solução inseticida por cerca de 12 horas; as faces seccionadas devem estar em contato com o solo e cobertas com capim.

 

- Nematoides

São parasitas de plantas responsáveis por uma parcela significativa de perdas provocadas pela destruição do sistema radicular. Nessa cultura, os prejuízos são da ordem de 15 a 20%. Em estudos conduzidos em condições de viveiro telado, plantas sadias que foram comparadas com outras, atacadas por nematoides das galhas, Meloydogyne javanica, mostraram diminuição de 43% na produção de colmos.

Controle

O controle químico consiste na aplicação, no solo e no momento do plantio, de substâncias conhecidas como nematicidas. Em geral, esses produtos podem eliminar até 90% da população de nematoides de uma área e, quando empregados corretamente, têm proporcionado resultados altamente compensatórios.

O controle através do uso de variedades resistentes ou tolerantes é o método mais prático e econômico. Contudo, os fatores que conferem à cana-de-açúcar os caracteres de alta produtividade e riqueza em açúcar são, geralmente, antagônicos àqueles que propiciam rusticidade, tais como resistência às pragas e doenças, além da não exigência em fertilidade de solo.

É preciso considerar também o fato de que é possível constatar, numa mesma área, altas populações de duas ou mais espécies de nematoides, e que, nem sempre, uma mesma variedade de cana se comporta como resistente ou tolerante em relação às diferentes espécies de nematoides.

Assim, é importante a determinação correta dos nematoides presentes numa determinada área e o conhecimento do modo como as variedades de cana se comportam em relação a eles.

 


Gostou do assunto? Leia também as matérias CPT abaixo:


- Adubação nitrogenada e fosfatada em cana-de-açúcar: como fazer
- Cana-de-açúcar: espaçamento e profundidade para o plantio


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Por Silvana Teixeira.

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Comentários

Gostei muito desse material.

11 de nov. de 2013

GOSTARIA QUE MANDASSEM OS 21 GÊNEROS DE DIATRAEA. VAI ME AJUDAR MUITO EM MEU TCC. DESDE JÁ MUITO OBRIGADO.

Resposta do Portal Cursos CPT

12 de nov. de 2013

Olá!

Agradecemos sua visita e comentário em nosso site.

Para mais informações recomendamos que consulte em mecanismos de pesquisa como o Google.

Atenciosamente,

Ana Carolina dos Santos

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