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Variedade de trigo permite aumento na produtividade e redução na quantidade de defensivos

As sementes do Instituto Agronômico de Campinas (IAC-SP) devem estar disponíveis em 2012

 A variedade desenvolvida em São Paulo promete produzir 50% a mais que o normal.

O trigo IAC 385 Mojave do tipo melhorador, pode produzir em torno de 6 toneladas por hectare, enquanto a maioria produz cerca da metade. O pesquisador João Carlos Felício, explica que estes resultados podem variar de acordo com o estado e o clima, mas de um modo geral, e conforme os testes feitos, o rendimento da variedade é superior. Além disso, o tamanho das espigas é bem maior que o normal.

A variedade é, de certo modo, resistente à ferrugem da folha, às manchas foliares provocadas por helmintoporiose e à brusone, as principais doenças do trigo. Segundo o pesquisador, isto reduz consideravelmente o uso de defensivos na lavoura. Normalmente, o produtor faz três aplicações, e no caso serão necessárias apenas duas, seguindo condições adequadas de clima e solo.

O IAC 385 Mojave é usado para a fabricação de pães especiais, como pão de forma e panetone, e para melhorar outras farinhas. A professora Marina Queiroz, da Faculdade de Tecnologia em Hotelaria, Turismo e Gastronomia de São Paulo (Hotec) e do Curso Básico de Panificação, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, afirma que os consumidores estão cada vez mais exigentes quanto a qualidade e a diversificação destes produtos. Assim, é de grande importância desenvolver produtos que atendam estas exigências. O IAC também possui grande potencial pra a coloração branca, um diferencial para os moinhos.

A nova variedade é resistente à debulha natural e possui ciclo de 130 a 140 dias, considerado médio, possibilitando ao agricultor diversificar a produção para fazer colheitas em épocas diferentes. Possui porte baixo, de 85 a 90 centímetros e resistência ao acamamento, que faz as plantas caírem, dificultando a colheita por máquinas. As sementes estão sendo produzidas e estarão disponíveis em 2012.

 

Por Maria Clara Corsino.

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