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Café Conilon: mancha-do-olho-pardo (cercosporiose) e ferrugem

A ferrugem e a cercosporiose são as principais doenças do Conilon. Assim como as pragas, o produtor deverá aplicar métodos de controle para salvar sua plantação

Café Conilon: mancha-do-olho-pardo (cercosporiose) e ferrugem

 


Estudos apontam que as principais doenças do café Conilon são a ferrugem e a mancha-do-olho-pardo, também conhecida como cercosporiose e,  assim como as as pragas, essas doenças quando instaladas no cafezal devem ser estudadas, diagnosticadas e combatidas, para que o produtor não tenha prejuízos em sua plantação.


Conhecer as principais doenças e saber como se proceder para extingui-las, portanto, é a melhor solução para que o empreendimento tenha um futuro promissor.


O controle de doenças deve começar na origem do material genético, a seleção dos clones mais adaptados e pela qualidade das mudas. É fundamental que as mudas sejam de boa qualidade, originadas de plantas matrizes saudáveis.


Enquanto no viveiro, algumas doenças podem ser controladas com o manejo do substrato ou com o manejo adequado das condições do local. A principal doença do viveiro é o tombamento, que causa apodrecimento no colo, e é controlada com um manejo adequado da irrigação e da adubação.


Outra doença, também comum nos viveiros, é a cercosporiose. A planta mal nutrida e com manejo errado da irrigação, torna-se mais sensível. Geralmente, com uma adubação adequada e com o manejo adequado da irrigação, as plantas ficam sadias e não há necessidade de fazer o controle químico da doença.


No campo, por sua vez, as principais doenças do café Conilon são a mancha-do-olho-pardo ou cercosporiose e a ferrugem. Vejamos um pouco sobre cada uma delas:


- Mancha-do-olho-pardo ou cercosporiose (Cercospora coffeicola)
A mancha-do-olho-pardo é uma doença que ocorre logo no início do plantio associada ao desequilíbrio nutricional, por causa de estresse hídrico ou nutricional, principalmente deficiência de nitrogênio.

Geralmente, uma nutrição adequada e o manejo da água no solo evita o aparecimento dessa doença, sem a necessidade de uso de fungicidas.

Recomenda-se que o produtor faça uma análise do solo para ver se há necessidade de corrigir a acidez e para orientar a adubação desse solo.

- Ferrugem (Hemileia vastatrix)
A ferrugem é uma doença fúngica que causa manchas (pústulas) nas folhas, de cor amarela a alaranjada que, posteriormente, apresentam o aspecto pulverulento na face superior e clorose na face inferior da folha.

 

A doença provoca a queda das folhas, principalmente, quando as plantas apresentam alta carga pendente, afetando o seu vigor e a produtividade. No café Conilon, normalmente, ela ocorre a partir do mês de abril ou maio. Nesse caso, quando ela ocorre e já foi feita a colheita, os danos econômicos são pequenos. A importância dessa doença vai ser registrada, se ocorrer entre os meses de novembro e março.

Recomenda-se que o agricultor faça o monitoramento da lavoura, avaliando a incidência da doença. Quando essa avaliação mostrar que mais de 5% das folhas estão afetadas, então, deve ser feito o tratamento, usando fungicidas, e sempre seguindo a recomendação técnica de um agrônomo. Por outro lado, quando essa doença ocorre, já numa fase final, depois da produção, a perda econômica é pequena. Nesse caso, não há necessidade de se fazer o tratamento da ferrugem.

No café Conilon, ao contrário do que acontece com o arábica, muitas vezes, não ocorre uma desfolha severa. No entanto, o monitoramento é muito importante. Não se deve descuidar do nível de infestação da doença. Para o controle da ferrugem, são recomendadas pulverizações com fungicidas à base de cobre, como a calda bordalesa e a calda viçosa.


Tratamento e controle:


a) Calda Bordalesa
A calda bordalesa é um fungicida que surgiu no século passado, na região de Bourdeaux, na França, para o controle de míldio em videiras. A preparação mais comum da calda bordalesa se dá na proporção de uma parte de cal virgem e uma parte de sulfato de cobre para 100 partes de água.

A quantidade de cada ingrediente vai depender do volume final de calda pretendido. No nosso caso, vamos propor as quantidades para encher um pulverizador costal de 20 litros. Para utilizar em culturas sob estufa, reduzir a 30% as doses dos ingredientes.

Ingredientes

- 200 gramas de sulfato de cobre
- 200 gramas de cal virgem
- 20 litros de água

Preparo

- O sulfato de cobre se dissolve lentamente na água. Por isso, deve-se colocar 200 gramas do produto em um saquinho de pano ralo, num balde com 5 litros de água. O saquinho deve ficar suspenso, próximo à superfície da água, para facilitar a dissolução. Para dissolver mais rapidamente o sulfato de cobre, pode-se utilizar água morna ou colocá-lo na água na noite anterior.
- A cal virgem deve ser de boa qualidade, para reagir totalmente com a água. Os 200 gramas de cal são colocados no fundo de um balde com pouca água, para haver reação rápida. Se não houver aquecimento da mistura em menos de 30 minutos, a cal não deve ser usada, pois é de má qualidade. Quanto mais rápida a reação, melhor é a cal.
- Depois de a cal ter reagido com a água, formando uma pasta rala, deve-se completar o volume de água até 5 litros, cuja mistura terá uma aparência de leite de cal, bem homogênea.
- A mistura deverá ser feita, despejando-se a solução de sulfato de cobre sobre a de cal; nunca o contrário. A mistura deverá ter um aspecto denso, onde a cal não se decanta. Após mexer algumas vezes, coar a mistura e despejar no pulverizador, completando o volume até 20 litros.


Para evitar queima das folhas das plantas, caso a calda esteja ácida, deve-se fazer um teste com um canivete ou faca de ferro, pingando sobre a lâmina uma gota da calda. Se após três minutos, no local da gota, se formar uma mancha avermelhada, é sinal de que a calda está ácida. Deve-se, então, adicionar mais leite de cal, até que a mistura fique neutra.


b) Calda viçosa

Ingredientes

- 500 g de sulfato de cobre (25% de cobre)
- 600 g de sulfato de zinco (21,9% de zinco)
- 800 g de sulfato de magnésio (16 a 17 % de MgO)
- 200 g de ácido bórico (17,5% de boro)
- 400 g de ureia (45% de nitrogênio)
- 750 g de cal hidratada (40 a 50% de CaO)
- 100 litros de água

Preparo

- Utilizar duas caixas reservatórias, sendo uma de 60 litros (A) e outra de 180 litros (B).
- Na caixa A, com 50 litros de água, colocar o cobre, o zinco, o magnésio, o ácido bórico e a ureia dentro de um saco poroso.
- Na caixa B, com 50 litros de água colocar 500 g de cal hidratada, formando o leite de cal.
- A solução da caixa A é despejada sobre o leite de cal da caixa B, agitando energicamente para obter uma boa calda.
- A ordem da mistura não pode ser invertida. Se a mistura tiver aspecto de leite talhado é porque a cal hidratada está velha, recarbonatada e imprópria para esse uso. Uma calda viçosa bem preparada, quando em repouso, mantém a suspensão por mais de 10 minutos.
- Antes de colocar a calda Viçosa no pulverizador (através de torneira existente no reservatório) utilize um coador de tela fina ( que pode ser a mesma do pulverizador). Na aplicação foliar retirar a ureia ou substitui-la pelo nitrato de potássio.

 

Indicação: doenças fúngicas


- A aplicação deve ser feita a cada 30 – 45 dias. Aplicação preventiva, repetindo, caso sejam favoráveis as condições climáticas às doenças.
- O produto deve ser preparado no próprio dia da pulverização. Respeitar intervalo de 15 dias depois da aplicação. Carência de sete dias até a colheita. Recomenda-se o uso de equipamento de proteção individual.




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Por Silvana Teixeira.

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