O cultivo de mandioca tem destaque no cenário nacional e até mundial. Pela fácil adaptação às mais variadas regiões, baixa exigência de insumos, bom rendimento mesmo em solos pobres e pela tolerância à estiagem, ela é possível de ser cultivada em todo o território, com baixa utilização de tecnologia.
Marney Pascoli Cereda, professora do Curso a Distância CPT Cultivo de Mandioca, ressalta que, além dessas características, a mandioca ainda apresenta potencial resistência ou tolerância a pragas e doenças, mas algumas perdas em seu cultivo podem ser significantes.
Dela, as raízes, que são ricas em amido, e a parte aérea, como as folhas e hastes podem ser aproveitadas. Porém, na hora da colheita, algumas perdas podem causar prejuízos aos produtores, como o descarte das raízes de menor tamanho, por serem desvalorizadas no mercado. Ainda há as raízes de difícil colheita, que permanecem no solo, as raízes quebradas e o descarte de pontas e cascas resultantes do processamento da mandioca. Essas perdas chegam a aproximadamente 10% de raízes que não são colhidas, seja pela dificuldade ou dano nas colheitas mecânicas ou manuais.
A deterioração das raízes acontece rapidamente após a colheita, tornando a mandioca extremamente perecível, o que pode gerar perdas enormes no pós-colheita, limitando o período de comercialização das raízes e aumentando os custos delas.
A decomposição pode ser enzimática ou microbiana. A decomposição enzimática produz uma descoloração e promove o surgimento de estrias ou veias azuladas no sistema vascular da polpa e é diretamente responsável pela baixa aceitabilidade de raízes in natura nos mercados. Por consequência da enzimática, a decomposição microbiana é caracterizada pela invasão das lesões por uma série de microrganismos.
Manter a qualidade para a comercialização tem sido um dos desafios na indústria alimentar. Algumas técnicas são utilizadas para conservar e preservar as raízes, como a seleção de cultivares, a armazenagem em silos, a utilização de serragem úmida, sacos de polietileno, utilização de parafina, armazenagem em temperatura controlada, tratamentos químicos, a poda da parte aérea antes da colheita e o processamento mínimo.
O processamento tem se tornado uma das formas mais eficazes para aumentar a validade e evitar perdas na produção. Através do congelamento ou desidratação, produção de fécula e farinha de mandioca o prazo de validade, que é de alguns dias para os produtos que são minimamente processados e resfriados, torna-se extenso, podendo ser de mais de um ano.
O processamento mínimo consiste na remoção da casca, embalagem a vácuo e congelamento. Além de prolongar a vida útil do produto, esse processamento mínimo surgiu devido à alta demanda por produtos que sejam fáceis de preparar e mais convenientes. O congelamento é uma técnica que, apesar de aumentar a vida útil, danifica a estrutura das raízes, conferindo a elas um aspecto mais esponjoso. Porém, após o cozimento, as raízes retornam à textura original e, na maioria das vezes, apresentam melhores características de cozimento do que antes de serem congeladas.
A otimização de todas as partes da mandioca, como a utilização das raízes para a indústria e da parte aérea na alimentação animal garante o maior aproveitamento da planta, o que proporciona melhores resultados aos produtos e, consequentemente, um lucro maior.
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Cultivo de Mandioca
Processamento de Mandioca – Polvilho Azedo, Fécula, Farinha e Raspa
Profissionalizante de Produtor de Mandioca
Fonte: Katia Nachiluk e Silvia Antoniali – Infobibos – infobibos.com/artigos/
por Renato Rodrigues
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