
A passiflora (flor do maracujá) é uma das cinco plantas reconhecidas como fitoterápicas pelos cientistas.
Desde a Antiguidade, o homem usa as plantas como remédio. Considerando-se a quantidade imensa de espécies disponíveis na natureza, até hoje, poucas tiveram a eficácia comprovada. Provavelmente, o efeito mais buscado é o de calmante, mas até agora os cientistas certificaram uma pequena quantidade de plantas tranquilizantes.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que mais de 10% dos brasileiros têm depressão grave. Para curar esse mal, os médicos costumam receitar ansiolíticos, que combatem o estresse e a ansiedade. Mas, eles causam problemas sérios de dependência, além de distúrbios do sono e da alimentação. Portanto, os fitoterápicos seriam uma boa alternativa a esses remédios?
Primeiramente, precisamos entender a diferença entre plantas medicinais e fitoterápicos. Estes são medicamentos submetidos a testes científicos que confirmam sua eficácia. Portanto podem ser processados, comercializados e inclusive são receitados por muitos médicos. Já as plantas medicinais são usadas a partir da observação empírica, baseada no uso contínuo.
Além disso, é importante destacar que na maioria das vezes elas não substituem os medicamentos tradicionais, apenas complementam a prescrição médica. Sendo assim, é bom sempre consultar um médico.
Uma vez que o uso empírico tenha demostrado a eficácia da planta, alguns médicos chegam a recomendar plantas medicinais como tratamento complementar. No caso dos calmantes naturais, os fitoterápicos são uma boa alternativa aos medicamentos convencionais, por serem eficazes e não possuírem efeitos colaterais. Assim, são recomendados em casos de depressão mais leves e para controlar o estresse e a ansiedade do dia a dia.
Existem 5 tipos de plantas certificadas hoje por suas funções calmantes, são elas a melissa (conhecida também como erva-cidreira), camomila, erva-de-são-joão (só pode ser comprada com receita médica, pois é mais forte e combate a depressão), valeriana (raiz) e a passiflora (é a flor do maracujá, a mais comum).
Essas plantas, mesmo com a aplicação fitoterápica, também são utilizadas como plantas medicinais, já que é habitual o uso delas em chás. Por sinal, essa é a forma que os médicos e os especialistas da área indicam o consumo para obter efeitos calmantes. Além disso, eles recomendam cautela e a busca por um conhecimento especializado.
A química Maria Luiza Sartório, especialista em plantas medicinais e professora do curso Farmácia Viva, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, explica que as plantas devem ser usadas para auxiliar o tratamento de doenças e sintomas comuns do dia a dia, como gripes, resfriados e outras enfermidades mais leves. No caso dos calmantes, eles são eficientes no tratamento da ansiedade e do estresse, mas devem de fato ser manipulados com muito cuidado.
Por: Maria Clara Corsino.
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