Na cultura da mandioca já foram identificados mais de 20 patógenos, sendo que alguns são mais frequentes e causam danos mais severos. As doenças podem ser causadas por fungos, bactérias, vírus ou protozoário.
A antracnose é causada pelo fungo colletotrichum gloeosporioides. Na cultura da mandioca ocorrem dois tipos de antracnose, a branda e a severa. Os sintomas da forma branda são lesões nas hastes e folhas, causadas por outros patógenos e pragas, ou seca de ramos terminais no final da estação de crescimento, sem causar danos à produtividade da cultura.
Já a antracnose severa provoca sérios danos. Os sintomas da doença aparecem em folhas, pecíolos e caule. Na base das folhas, as manchas são de aproximadamente 1,0 cm de diâmetro, e as fazem cair. Na haste, o fungo provoca cancros profundos, desfolha intensa e morte dos ponteiros. O controle é feito por meio da poda parcial das hastes afetadas e da queima das ramas contaminadas. Outro cuidado é o uso de variedades resistentes à doença.
De acordo com a professora da Unesp, Dr. Marney Pascoli Cereda, no curso Cultivo de Mandioca, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, “a bacteriose causada por xanthomonas campestris pv. manihotis é considerada a doença mais importante da mandioca. Nas folhas, os sintomas são lesões locais inicialmente angulares, de aspecto encharcado, cor de palha na face superior e azulada na face inferior. Atingindo o sistema vascular, a bacteriose caracteriza-se pela morte dos brotos novos, escurecimento vascular, murcha e exsudação de goma na haste, chegando, em alguns casos, à morte das plantas”.
As manivas infectadas são responsáveis pela manutenção e disseminação da doença, conservando o patógeno de um ano para outro e o carregando de uma área para outra. A professora Cereda, que também é pesquisadora do CERAT - Centro de Raízes e Amidos Tropicais, afirma que “a rotação de culturas é uma prática recomendada para o controle, quando o novo plantio é feito com manivas sadias. Um intervalo de seis meses na ausência de hospedeiros é suficiente para evitar a sobrevivência do patógeno”.
O uso de material propagativo sadio é a forma mais eficaz de controle. Esse material pode ser obtido pelo enraizamento de estacas jovens, sem sintomas, em áreas isoladas. No preparo das estacas para plantio, é recomendado desinfestar as ferramentas com hipoclorito de sódio a 2%.
Por: Ariádine Morgan
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Comentários

kleber travagin
20 de mai de 2017boa tarde !!!! Gostaria de saber por que meu plantio de mandioca, esta com umas raízes preta por dentro e outras não oque fazer para combater

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23 de mai de 2017Olá Kleber,
Para mais informações cadastramos seu e-mail para receber nosso boletim informativo.
Atenciosamente,
Ana Carolina dos Santos

eliando nunes ribeiro
9 de abr de 2017Que doença que nas pontas do deixam uma pasta nos ponteiros das mandiocas, causando o apodrecimento

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10 de abr de 2017Olá Eliando,
Agradecemos sua visita e comentário em nosso site. Sua mandioca, pela descrição pode estar com Antracnose Severa, que é causada por isolados do fungo mais específicos da mandioca, provocando sérios danos em variedades suscetíveis. As condições favoráveis ao desenvolvimento da doença são alta umidade relativa e temperatura entre 18 e 23ºC. Os sintomas da doença aparecem em folhas, pecíolos e caule. Na base das folhas, são manchas de aproximadamente 1,0cm de diâmetro que as fazem cair. Na haste, o fungo provoca cancros profundos, desfolha intensa e morte dos ponteiros. O controle é feito através da poda parcial das hastes afetadas e da queima das ramas contaminadas. Outro cuidado é o uso de variedades resistentes à doença.
Mas, recomendamos que procure um consultor agrícola para mais informações sobre se é realmente a antracnose que está acometendo seu pé de mandioca.
Atenciosamente,
Ana Carolina dos Santos

José Manoel
13 de jun de 2014Boa noite eu gostaria de saber como se combate a broca da raiz da mandioca, pois esta causando grandes prejuízos. Atrapalhando a comercialização

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18 de jun de 2014Olá, José Manoel!
Agradecemos sua visita e comentário em nosso site.
Os principais gêneros e espécies de brocas são: Chilomina sp., Coelosternus sp., Sternocoelus granicollis, S. manihoti, Cryptorhynchus rugicollis e Lagochirus sp.
O ataque moderado de espécies de Chilomina pode nãoa carretar perdas nor endimento de raízes, mas afeta a qualidade e quantidade de material de plantio. A infestação pode ocorrer durante o armazenamento do material para plantio. o controle da Chilomina pode ser feito pela destruição das ramas atacadas e pela seleção do material de plantio.
As larvas das espécies de Coelosternus sp. penetram na medula das ramas e se alimenta em direção à base da planta. Causam o secamento das ramas do ponto de ataque até os ponteiros, podendo causar a sua morte. Para o controle, é recomendada a destruição de restos da cultura e o uso de ramas sadias.
Atenciosamente,
Ana Carolina dos Santos

jose augusto martins octav
24 de mar de 2013Boa noite, eu tenho uma plantação de mandioca, e no sábado deu um vento muito forte e acabou derrubando muitos pés, eu queria saber se é melhor arrancar tudo ou esperar mais pois a plantação tem 6 meses. O q devo fazer obrigado.....

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25 de mar de 2013Olá, José Augusto!
Agradecemos sua visita e comentário em nosso site.
Recomendamos que espere um pouco mais antes de arrancar as mandiocas que se mantiveram em pé.
Para mais informações o CPT - Centro de Produções Técnicas possui o curso Cultivo de Mandioca que poderá lhe auxiliar.
Atenciosamente,
Ana Carolina dos Santos

João Paulo da Silva Andrade
1 de dez de 2012Gostaria de saber sobre cursos da cultura da mandioca e sobre fitopatologia.

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3 de dez de 2012Olá, João Paulo!
Nossas consultoras entrarão em contato para mais informações sobre os curso.
Atenciosamente,
Ana Carolina dos Santos

Amanda da Silva Maia
16 de mai de 2012Olá! Queria saber qual o controle químico da doença antracnose ou um meio de detê-la, sendo que a doença está presente há mais ou menos 1 ano na plantação. Peço, por favor, que me mandem uma resposta o mais rápido possível, pois a doença já está afetando a raiz, não proporcionando o seu cozimento. Obrigada!

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17 de mai de 2012Boa tarde, Amanda!
Sugerimos que você entre em contato com um engenheiro agrônomo, pois somente um especialista poderá indicar o procedimento ideal. Além disso, o clima e o solo de cada região possuem características particulares que interferem diretamente no tipo de tratamento que deve ou não ser adotado.
Para mais esclarecimentos, entre em contato conosco!
Camila Guimarães Ribeiro