Enquanto brincam, muitas vezes, as crianças não têm consciência do que estão aprendendo, do que foi exigido delas para realizar os desafios envolvidos na atividade. Por isso, pedir que alguma forma de registro seja feita após a brincadeira faz com que as crianças reflitam sobre suas ações e permite ao professor perceber se eles observaram, aprenderam e se apropriaram dos aspectos mais relevantes que foram estabelecidos como metas, ao se planejar a brincadeira escolhida.
“As crianças comunicam suas percepções, quando a elas são dadas diferentes oportunidades para fazer representações, para discutir se as representações refletem o que pensaram, o que compreenderam, como agiram ou que dúvida tiveram”, afirma Luciana Fiel, Professora do Curso a Distância CPT Desenvolvimento da Linguagem Matemática. Os tipos de registros sobre a brincadeira sugerida podem ser orais, escritos ou através de desenhos.
Uma brincadeira não deve ser feita apenas uma vez, sob pena de muitas crianças não terem chance de se apropriar das regras e dos vários aspectos inerentes a ela. Por isso, o professor propõe semanalmente a mesma atividade, durante aproximadamente cinco semanas. Em média, esse é o tempo adequado para permitir compreensão das regras e para a evolução pessoal de cada criança, em relação à atividade como um todo, sem que se cansem da brincadeira. Após esse período de tempo, pode-se trocar a brincadeira por outra, voltando a ela num outro momento ou, como ocorre frequentemente, deixando que as crianças brinquem sozinhas em seus horários livres.
Existem motivos importantes para as brincadeiras infantis, nas aulas de matemática, os quais não podem ser esquecidos. O primeiro deles é trazer de volta para a escola e para a criança atividades que fazem parte do patrimônio histórico-social de nossa sociedade, que quase sempre são esquecidos ou ignorados pelo trabalho da escola. O segundo, decorrente do primeiro, é inserir nas aulas uma atividade que se constitui numa fonte de alegria, prazer e, consequentemente, num forte aliado do professor no trabalho em classe. É importante considerar que deve haver na escola muito espaço para o brincar livre, de diversas maneiras, e que, sobretudo, o ato de brincar em si não pode ser jamais sufocado por qualquer exploração indevida de uma brincadeira, mesmo que ele tenha uma finalidade pedagógica.
O professor deve ser muito cuidadoso ao aplicar um jogo ou brincadeira. Os jogos e as brincadeiras devem ser escolhidos e pesquisados com critério e dedicação para que seu real objetivo não se perca. Para as crianças, as brincadeiras possuem como objetivo a recreação e o divertimento. Mas o educador deve sempre ter em mente o objetivo a ser alcançado. Bem planejadas e aplicadas, as brincadeiras auxiliam a criança a despertar seus talentos.
Aprimore seus conhecimentos sobre o assunto. Leia a(s) matéria(s) a seguir:
- O “pensar” o mundo sob os olhos de uma crianças
- A sala de aula e a construção do conhecimento dos alunos
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Por Silvana Teixeira.
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