
Sigatoka negra é de ação rápida, destruindo as folhas, reduzindo a capacidade fotossintética das plantas.
Sigatoka negra é considerada a doença mais agressiva da cultura da bananeira. Seu agente causal é o fungo Mycosphaerella fijiensís. Em decorrência disso, tem-se observado que, em relação à sigatoka amarela, a negra é bem mais eficiente em termos de ocupação e infestação dos bananais.
A duração do ciclo de vida do fungo é influenciada principalmente pelas condições climáticas, tipo de hospedeiro e manejo da cultura. Mas, para que a doença se desenvolva, primeiramente, é necessário que ocorra a deposição do esporo do fungo sobre as folhas novas de variedades suscetíveis à doença.
De acordo com o professor e agrônomo, Jaime Barros da Silva Filho, “ainda assim, para que o esporo germine e cresça sobre a folha, é preciso que exista água livre sobre ela e a temperatura do ar seja superior a 21°C. Só assim, o esporo irá penetrar e os primeiros sintomas aparecerão após 17 dias”.
Com a ação do vento, umidade, temperatura do ar, chuva e luminosidade é disseminada a doença tanto para pequenas distâncias como para grandes. Além disso, folhas infectadas, quando utilizadas para se fazer a proteção dos frutos durante o transporte, também transmitem o fungo para outras regiões.
O professor Jaime Barros, comenta no curso Produção de Banana, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, que a sigatoka negra é de ação rápida, destruindo as folhas, reduzindo a capacidade fotossintética das plantas e, consequentemente, a sua ação produtiva. “O controle pode ser feito tanto pela utilização de práticas que contribuam para reduzir a formação de condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento da doença ou utilizando agente químicos”, ensina o professor.
No primeiro caso, deve-se considerar a drenagem, o combate às plantas infestantes, a desfolha sanitária, a adubação e análise do solo. No controle químico, a prática é realizada com óleo mineral associado a defensivos e a sua distribuição pode ser tanto por via aérea ou por atomização a partir do solo.
Por: Ariádine Morgan
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