
A pitaia da espécie Hylocereus undatus é uma planta exótica e de difícil polinização, já que seu pequeno tamanho e difícil posição dos órgãos reprodutivos dificultam o trabalho das as abelhas europeias e africanizadas. O resultado? O resultado é que com seus apenas 10% de autopolinização a planta não consegue dar frutos por meios naturais.
De acordo com Luís Carlos Bernacci, pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, porém, nem tudo está perdido, podendo quem cultiva essa espécie de pitaia realizar a polinização manual da planta. E as respectivas são boas: pode ser feita na mesma flor ou entre flores diferentes da mesma planta ou de exemplares distintos, com sucesso de pegamento entre 60% e 100%.
Bernacci esclarece que o procedimento pode ser feito com os próprios dedos, necessitando apenas que estes toquem os estames da planta – órgãos masculinos correspondentes às estruturas filamentosas encimadas pelas anteras produtoras de pólen, que ficam no fundo da flor –, e, posteriormente, o estigma – órgão feminino parecido com uma estrela, que fica próximo da entrada da flor. “É possível, ainda, que o procedimento seja realizado com o auxílio de um pincel pequeno, que realizará a transferência do polén retirado do estame para o estigma da planta”, finaliza.
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Por Silvana Teixeira.
Fonte: Globo Rural Revista.
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