O governo federal pode aumentar a quantidade de álcool anidro misturado à gasolina de 20% para 25%, de acordo com a declaração do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. O anúncio foi feito durante a cerimônia de entrega do navio Sérgio Buarque de Holanda à Transpetro, no Estaleiro Mauá, em Niterói (RJ).
O ministro explicou que a redução para 20% foi feita no ano passado por causa do momento de baixa produção do etanol. Ele explicou que, se a produção continuar a mesma de hoje, a quantidade de álcool anidro se mantém em 20%. No entanto, caso a produção melhore, a adição deve retornar aos 25%.
Quando houve a redução, em outubro de 2011, Lobão declarou que era uma medida de precaução do governo contra a possibilidade de falta de etanol no mercado interno e o aumento do preço para o consumidor. Por causa da mistura, o preço mais alto do etanol também estava afetando o preço da gasolina.
Caso a medida aconteça, a Petrobras poderia ser beneficiada, uma vez que passaria a comprar menos combustível do exterior para abastecer o mercado interno. Como o preço no Brasil é mais barato do que no exterior, a empresa tem tido prejuízos com a exportação.
A União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica) informou que pretende fazer um estudo sobre a produção e a oferta de etanol no país para saber se é viável aumentar a quantidade de álcool adicionado à gasolina. O estudo será apresentado ao governo.
Segundo a Unica, a produção de etanol na safra 2012/2013 já somou 3,61 bilhões de litros até o dia 15 de junho. Desse total, 965,55 milhões foram de etanol anidro e 2,65 bilhões foram do hidratado, uma queda de 32,63% em relação ao mesmo período do ano passado. A entidade defende o investimento em novas unidades de produção e a criação de políticas públicas de incentivo, que podem tornar o produto mais competitivo. Além disso, destacou a necessidade de se investir em tecnologia e infraestrutura para melhorar o funcionamento dos carros flex.
Por: Maria Clara Corsino.
Fonte: G1.
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