
O uso de mudas sadias é básico para o controle de vírus, fungos, bactérias, nematoides e mesmo algumas pragas.
Na agricultura orgânica, o conceito de pragas e doenças é definido como um aparecimento unilateral de determinados insetos ou patógenos. Dessa forma, os agentes causadores são assim considerados a partir da constatação da fragilidade do sistema de produção que propicie condições ideais para um possível aparecimento.
Existem vários pontos que facilitam a incidência de doenças e pragas no morangueiro. Segundo o engenheiro agrônomo Aurélio Carpalhoso, no curso Produção de Morango Orgânico, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, alguns deles podem ser a escolha errada da variedade para as condições locais, o solo degradado, a falta de qualidade da muda e erros no plantio e nos tratos culturais.
“Além desses, as pragas e doenças podem surgir do preparo do solo inadequado; da umidade excessiva ou da falta de água; da adubação unilateral, excessiva ou insuficiente; como também da inadequação das condições climáticas locais, do foco de inóculos e da ausência de condições para o desenvolvimento de inimigos naturais”, explica Carpalhoso, especialista em produção de morango.
A pesquisadora Maria Aparecida Tanaka, especialista do IAC – Instituto Agronômico de Campinas, também ressalta, no curso do CPT, que o uso de mudas sadias é básico para o controle de vírus, fungos, bactérias, nematoides e mesmo algumas pragas, como o ácaro do enfezamento. “Para doenças fúngicas importantes como chocolate, flor preta, murcha de verticillium e podridões de Phytophthora, deve-se adotar medidas preventivas”, acrescenta Tanaka.
Para o replante, as mudas sadias devem ser imergidas em soluções com fungicidas e o plantio precisa ser feito em solo desinfestado, ou seja, não contaminado. É necessário,ainda, fazer o controle da umidade do solo por meio da irrigação e da drenagem. É também essencial usar adubação equilibrada, evitando o excesso de nitrogênio.
De acordo com a pesquisadora Tanaka, a rotação de culturas, o revolvimento de solo e a solarização são medidas eficientes e complementares para o controle de fungos de solo e nematoides.
Por: Ariádine Morgan
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