Mato Grosso se destaca como um dos grandes produtores nacionais de carne bovina. Com um rebanho de 28,7 milhões de cabeças, atualmente é o segundo maior exportador de carne do Brasil, com 15,6 mil toneladas por ano (15,4% do total), ficando atrás apenas de São Paulo. Estes dados são do Instituto Mato-Grossense de Economia Agrícola (Imea) e da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
No entanto, o pisoteio excessivo e a falta de manejo adequado têm contribuído para a degradação das pastagens do Estado. Isto prejudica não só a produção animal mas também o ambiente e toda a economia dependente da bovinocultura. Para tentar solucionar ou amenizar o problema, uma das técnicas que tem sido mais utilizada é a integração lavoura/pecuária.
Uma pesquisa realizada pela Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa), em parceira com o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras (Unipasto), criou o capim BRS Piatã, ideal como forrageira usada na integração lavoura/pecuária. Esse capim é muito nutritivo para o gado e produz forragem de qualidade e com muito acúmulo de folhas se for plantado em solos um pouco mais férteis.
A BRS Piatã produz cerca de 9 toneladas e meia de matéria seca, sendo 36% da produção atingida no período sem chuva. Esse capim tem sido, portanto, uma boa alternativa para outras espécies de forragem. O gerente geral interino da Embrapa Transferência de Tecnologia, responsável pela parceira com a Unipasto, Ronaldo Andrade, afirma que a espécie de capim tem ganhado espaço nos pastos brasileiros, principalmente no sistema de integração.
Por: Maria Clara Corsino.
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