Integração lavoura, pecuária e floresta diversifica a produção e protege o meio ambiente

Esses sistemas têm potencial para aumentar a produtividade e reduzir os riscos de degradação.

É notável o avanço na produtividade em boa parte dos pastos brasileiros; porém, percebemos a tendência de muitos produtores rurais serem alijados da atividade por conta de um manejo inadequado de suas áreas de pastagens. Os pastos são a base da alimentação animal da pecuária nacional, entretanto, se mal manejados, apresentam rápido e acentuado declínio em sua capacidade produtiva, em decorrência dos processos de degradação causados por fatores como manejo inadequado da lotação, com superpastejo alternado com subpastejo; e redução da disponibilidade de nutrientes no solo, fatores que enfraquecem as plantas e as colocam mais predispostas ao ataque de pragas, doenças e competição com plantas daninhas.

A busca por sistemas de produção mais sustentáveis indica que os consorciados surgem como técnicas capazes de potencializar o uso dos recursos naturais e gerar renda de maneira mais eficiente, além de poder colaborar para a reversão de processos de degradação ambiental. Nesse contexto, os sistemas agroflorestais, que envolvem a combinação de árvores com culturas agrícolas, pastagens e/ou animais, constitui alternativa potencial para aqueles interessados em diversificar a produção e a renda, e agregar benefícios ambientais à propriedade rural.

Os sistemas agroflorestais podem ser classificados como agrossilvicultural (árvores consorciadas com culturas), silvipastoril (árvores consorciadas com pastagens e/ou animal) e agrossilvipastoril (árvores com culturas agrícolas, pastagens e/ou animal). Essas combinações podem ser realizadas de diferentes formas, com diferentes espécies, espaçamentos de plantio e sequências temporais.
 
Atualmente, um modelo de sistema agrossilvipastoril, denominado integração lavoura-pecuária-floresta, tem-se destacado. Nesse, é proposta a inserção de árvores na já conhecida integração lavoura-pecuária, visando agregar mais vantagens. Essas técnicas propõem a associação de espécies em sistemas integrados, juntamente com o uso de práticas conservacionistas, como a adoção do sistema de plantio direto, que desponta nos dias atuais como opção mais viável.

Os sistemas consorciados são capazes de potencializar o uso dos recursos naturais e gerar renda de maneira eficiente.

O curso “Integração Lavoura, Pecuária e Eucalipto”, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas mostra como o eucalipto, milho ou feijão e a pastagem podem ser cultivados em consórcio, buscando uma sinergia entre si que resulte em maior eficiência, mais rentabilidade, menores impactos ambientais; enfim, maior sustentabilidade para as atividades da propriedade rural.

No curso você receberá informações do professor Lino Roberto Ferreira, do Departamento de Fitotecnia da UFV - Universidade Federal de Viçosa, e do professor Sílvio Nolasco de Oliveira Neto, do Departamento de Engenharia Florestal, também da UFV.

Após fazer o curso e ser aprovado na avaliação, o aluno recebe um certificado de conclusão emitido pela UOV – Universidade On-line de Viçosa, filiada mantenedora da ABED – Associação Brasileira de Educação a Distância.

Esses sistemas, se bem manejados, têm potencial para aumentar a produtividade e reduzir os riscos de degradação, bem como possibilitar melhorias nas características químicas, físicas e biológicas do solo. Outro fator favorável da consorciação é a diversificação da produção na propriedade, aumentando as chances de sucesso na comercialização dos produtos e a permanência do homem no campo.

Por: Patrícia Tristão.