
A taxa de lotação de pastejo é dada em Unidade Animal (UA), que corresponde a 450 kg de peso vivo. "No pastoreio de lotação rotacionada, a taxa de lotação deverá ser ajustada à capacidade suporte da pastagem", afirma Adilson de Paula Almeida Aguiar, Zootecnista pela Faculdade de Agronomia e Zootecnia de Uberaba – FAZU e Especialista em Solos e Meio Ambiente pela Escola Superior de Agricultura de Lavras – ESAL.
A taxa de lotação pode estar acima ou abaixo da capacidade de suporte da pastagem, resultando em problemas de superpastejo ou de subpastejo. Nessas duas situações de manejo, a produtividade da pastagem é menor, se comparadas com uma pastagem manejada na pressão de pastejo ótima, ressalta Adilson.
A pressão de pastejo é um termo que, quando colocado em prática, constitui ferramenta poderosa na definição da produtividade da pastagem. A pressão de pastejo é dada em kg peso vivo por kg de matéria seca (MS) e é uma relação entre o número de unidades animais ou unidades de consumo de forragem e o peso (MS) de forragem por unidade de área, em um ponto qualquer no tempo (PEDREIRA, 2002).
Na realidade das pastagens brasileiras, a taxa de lotação quase sempre está acima ou abaixo da capacidade de suporte, e as produtividades são baixas com ganho animal variando entre 100 kg e 150 kg de peso vivo/ano e produtividade de 60 kg a 180 kg de peso vivo/ha/ano. Só o manejo adequado dessas pastagens já possibilita estabelecer metas de ganho animal de 150 kg a 210 kg e produtividade de 150 kg a 360 kg/ha/ano. “Isso significa que o ganho por animal pode aumentar de 50% a 100% e o ganho/ha pode aumentar em mais de 100% apenas com práticas de manejo da pastagem”, diz o especialista.
Sabemos que uma das práticas para estabelecer bases para o manejo correto da pastagem é a estimativa da sua capacidade de suporte através de metodologias de mensuração da forragem disponível. Essa prática não é adotada nas fazendas brasileiras e até poucos anos atrás também era um assunto pouco tratado nos trabalhos de pesquisa. A essência do manejo da pastagem é atingir um balanço harmônico entre os três principais estádios de produção, quais sejam: o crescimento da pastagem, o consumo da forragem pelos animais e a produção animal resultante. De posse da informação de qual é a produção da pastagem, podemos calcular a sua capacidade de suporte, ou seja, quantas UA podem ser bem alimentadas em um hectare, e daí tomar decisões e medidas para ajustar a pressão de pastejo, ou seja, para definir a taxa de lotação, finaliza Adilson.
* Adilson de Paula Almeida Aguiar também é professor do Curso a Distância CPT Pastoreio de Lotação Rotacionada para Gado de Leite e Corte, em Livro+DVD e Curso Online.
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Por Silvana Teixeira.
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