Os aspectos mais importantes a serem considerados em um sistema de produção de cordeiros são a velocidade de crescimento, eficiência de conversão alimentar, peso vivo ao abate e composição da carcaça. A determinação do peso ótimo de abate deve levar em consideração a qualidade da carcaça, as questões econômicas e as preferências dos consumidores. No Brasil, ele gira em torno de 12 e 15 kg.
A quantidade de gordura é o principal fator determinante. De acordo com o professor Edson Ramos de Siqueira, doutor em zootecnia, “o excesso de gordura, como consequência de pesos de abate inadequados, afeta a qualidade do produto final. Além disso, repercute na viabilidade econômica da produção, pois parte dos nutrientes ingeridos pelo animal é transformada em tecido indesejado”.
Siqueira, especialista em ovinocultura, explica no curso Criação de Ovinos de Corte, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, que, o que se procura é um peso de abate no qual a proporção de músculos da carcaça seja máxima e a gordura seja suficiente para conferir à carne características adequadas.
Em virtude dos diferentes sistemas de alimentação, existem, em termos qualitativos, uma faixa muito ampla de carnes. Essa diferença de qualidade é notada, principalmente, nas características organolépticas, como o sabor, aroma, maciez e suculência.
O sabor-aroma é fundamental, sendo que esse é determinado, basicamente, pela gordura. Diversos trabalhos de pesquisa mostram que ovinos terminados em pastagem apresentam sabor-aroma menos desejável para a maioria dos consumidores que animais confinados à base de grãos, em função de diferenças na composição da gordura.
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