
Estima-se que a área de pastagens do Brasil compreende 190 milhões de hectares, ocupando aproximadamente 22% do território brasileiro, afirma Adilson de Paula Almeida Aguiar, graduado em Zootecnia pela Faculdade de Agronomia e Zootecnia de Uberaba – FAZU; especializado em Solos e Meio Ambiente pela Escola Superior de Agricultura de Lavras – ESAL, e em Metodologia do Ensino Superior pela Associação Brasileira de Ensino Agrícola Superior – ABEAS. Da área total de pastagens, 80% encontrava-se em algum estágio de degradação, sendo que mais da metade estava precisando urgentemente de intervenção (BUNGENSTAB, 2011).
A degradação de pastagens não parece ser um problema nacional, mas, sobretudo, mundial. A área de pastagens no mundo mede 3,4 bilhões de hectares, ocupando aproximadamente 15% da superfície terrestre, sendo que, desse total 70% encontram-se em algum estágio de degradação. Mesmo na região Norte do Brasil, região onde a pecuária vem se expandindo num tempo relativamente mais recente que as regiões tradicionais de pecuária brasileira, dos seus 57 milhões de hectares de pastagens, mais de 50% estavam degradadas (ZIMMER, 2006).
“Um grande problema é que é aceita com naturalidade no meio pecuário a falsa ideia de que uma pastagem se degrada de qualquer maneira e que de tempos em tempos precisa ser renovada (troca da espécie forrageira) ou recuperada (com manutenção da espécie forrageira) imediatamente (integração com lavoura)”, relata Adilson.
Esse paradigma é compreensível em um país como o Brasil onde estima-se que 80% da área de pastagem se encontra em algum grau de degradação, sendo que mais da metade em graus avançados desse processo (Embrapa, 2011). Essa projeção está de acordo com os dados publicados no mesmo ano pelo DIEESE, a saber: 52,5% da área de pastagem do país era ocupada com taxa de lotação abaixo de 0,4 US/ha, 25,5% entre 0,4 e 0,8 UA/ha, 18% entre 0,8 e 1,5 UA/ha e apenas 4% era ocupada com taxas de lotação acima de 1,5 UA/ha. O percentual de pecuaristas que reconhece suas pastagens como degradadas é muito baixo.
Pelas inúmeras consequências negativas que o fenômeno da degradação das pastagens traz para toda a sociedade, é imprescindível que os agentes que atuam, direta ou indiretamente, com a produção animal em sistemas de pastagens conheçam esse problema com profundidade, finaliza o especialista.
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Por Silvana Teixeira.
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