Os carboidratos têm um papel significativo na dieta dos bovinos de corte, sendo os principais fornecedores de energia necessária para o desempenho de suas funções.
A principal fonte de carboidrato na dieta dos bovinos de corte é a forragem (gramíneas e leguminosas), explica a Prof.ª Dr.ª Taiane Martins, do Curso CPT Nutrição e Alimentação de Bovinos de Corte.
Eles podem ser divididos em hexoses (seis carbonos) e pentoses (cinco carbonos), de acordo com o número de carbonos que apresentam, e podem ser classificados em:
Monossacarídeos: ex: glicose.
Oligossacarídeos: ex: maltose, sacarose, lactose e celobiose.
Polissacarídeos: ex: amido, amilopectina, glicogênio, celulose, hemicelulose, pectina e xilose.
Em relação à nutrição de gado de corte, as frações de carboidratos de maior interesse são os carboidratos estruturais e os não estruturais.
Carboidratos estruturais:
São responsáveis por dar forma e manter a estrutura da planta e resistem às enzimas digestivas de mamíferos. São representados pela celulose, a pectina e a hemicelulose.
Carboidratos não estruturais:
Estão ligados à reserva e translocação de energia, brm como à síntese de outros produtos. Dessa forma, estão localizados, principalmente, em sementes, mas podem ser também encontrados nas folhas, caules e raízes, sendo, neste caso, como carboidrato de reserva. São representados pelo amido e os açúcares.
A pectina, embora seja um carboidrato estrutural, é um carboidrato não fibroso, estando, nessa classificação, acompanhada do amido e dos açúcares. Já a celulose e a hemicelulose são carboidratos fibrosos.
Quanto menor o teor de polissacarídeos não amiláceos hidrossolúveis na dieta, menor será o teor dos carboidratos não fibrosos. Por outro lado, quanto maior o teor de polissacarídeos não amiláceos hidrossolúveis na dieta, maior será o teor dos carboidratos não fibrosos.
A vantagem dos polissacarídeos não amiláceos hidrossolúveis é que, apesar da grande extensão de degeneração, semelhante ao amido, sua fermentação não produz ácido láctico, o mais forte ácido orgânico. Havendo menor produção de ácido láctico, existe um menor desafio para o sistema tampão ruminal e o pH ruminal fica mais estável. Isso ajuda na eficiência ruminal, pois melhores condições são mantidas para os microrganismos ruminais.
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Por: Thiago de Faria
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