Na sequência anatômica, após a deglutição, o bolo alimentar percorre o seguinte caminho: inicialmente atinge o rúmen, seguido pelo retículo, omaso e abomaso. Desse modo, o alimento percorre o esôfago, alcança o rúmen, transita para o retículo e retorna à boca.
Nesse ponto, sofre nova mastigação, é deglutido novamente e, posteriormente, passa para o omaso e, por fim, para o abomaso, reconhecido como o “estômago verdadeiro”, explica a Professora Taiane Martins, do Curso CPT Nutrição e Alimentação de Bovino de Corte.
Entre os órgãos do sistema digestivo dos ruminantes, o rúmen é o que tem a maior capacidade volumétrica. No entanto, ao nascer, os bezerros têm um sistema digestivo semelhante ao dos animais monogástricos, e é preciso um tempo para que o rúmen se desenvolva e a microbiota ruminal se forme.
A superfície do rúmen é recoberta por microvilosidades, as quais são responsáveis por absorver nutrientes.
As características do rúmen incluem: um pH ideal, movimentação peristáltica que direciona a digesta de maneira apropriada, ausência de oxigênio (ambiente anaeróbico) e uma temperatura própria que precisa ser regulada.
No rúmen, ocorrem processos fermentativos importantes para manter condições favoráveis à saúde da microbiota ruminal, como temperatura adequada, pH e ambiente anaeróbico. Nesse ambiente, existem mais de 400 espécies de bactérias, mais de 20 espécies de protozoários e mais de 3 espécies de fungos. Cada um produzindo substâncias importantes para a saúde do animal, dependendo dos substratos ingeridos, contribuindo para o metabolismo dos alimentos.
Os protozoários colonizam o organismo do animal quando este entra em contato com adultos, fezes de outros ruminantes ou ao ingerir forragem contaminada com saliva. Já as bactérias, não dependem de contato direto e têm sua população controlada pela competição por substratos, resistência a diferentes níveis de pH, suscetibilidade a subprodutos acumulados e eficiência bioquímica.
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Por Thiago Faria.
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