Designer de jardim: uma atividade mais que rentável

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Quer ser um especialista em projetos de jardins? Saiba, então, que a implantação de um jardim exige planejamento logístico, preparo adequado da área a ser jardinada e técnicas de plantio que dependem da espécie de planta e, ainda, os fatores que influenciam a escolha das espécies a serem utilizadas num jardim: luminosidade, clima e solo. Certamente se esta receita básica de trabalho não é seguida, os resultados acabam não sendo satisfatórios.

Portanto, no planejamento de um jardim, o projetista leva em consideração, além do seu bom gosto, uma série de técnicas de design e conta, ainda, com técnicas adequadas de implantação para que o projeto dê certo e seja feito um belo trabalho.

Não há dúvidas de que a maior parte das pessoas gosta de ter contato com plantas. Seja comprar, escolher um local para plantar, depois regar, e colocar adubo são atividades que muita gente tem como hobby. Quanto mais essas pessoas se envolvem com as plantas, quanto mais conhecem seus segredos, mais sentem prazer em cultivá-las.

“Saber combinar as plantas no jardim é uma arte e uma técnica que podem trazer enorme carga de satisfação para qualquer pessoa. Por isso, empreendimentos envolvendo paisagismo, mais especificamente o planejamento e a implantação de jardins, são desenvolvidos com tanto prazer, por tantas pessoas”, afirma o professor Eduardo Elias S. Santos, do professor do Curso a Distância CPT Planejamento, Implantação e Manutenção de Jardins

O bom profissional, para desempenhar de maneira satisfatória as suas atribuições, deverá conhecer a classificação dos nutrientes necessários para as plantas e a importância destes; saber qual a finalidade da água para o crescimento; conhecer os principais invasores e como combatê-los; precisar o ciclo de vida das plantas; os cuidados que devem ser tomados com os equipamentos; os tipos de podas e a finalidade de cada um; as principais pragas e os defensivos para cada uma; as doenças que mais atacam as plantas e seus combates.

Fertilidade do solo

Os nutrientes necessários às plantas são classificados em dois grupos: os macronutrientes e os micronutrientes. Os macronutrientes são aqueles consumidos em grande quantidade. Nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre. Os micronutrientes são utilizados em menor quantidade, mas nem por isso deixam de ser essenciais. Zinco, boro, ferro, cobre, manganês, cloro e molibdênio, representados pelas letras Zn, B, Fe, Cu, Mn, Cl e Mo são os principais micronutrientes indispensáveis para o bom desenvolvimento das plantas.

Nutrientes e água

A ação desses nutrientes está diretamente relacionada à presença de água no solo, pois os adubos se dissolvem nela para serem absorvidos pelas raízes. Isso quer dizer que a eficiência da adubação depende muito da irrigação.

Adubos

Existem diversos tipos de adubos. Eles podem ser químicos ou orgânicos. Os adubos químicos têm origem mineral e se apresentam na forma de sais. Os adubos orgânicos promovem uma liberação de nutrientes bem menor e de forma mais lenta, contribuindo na evolução da estrutura do solo.

Fertilização do solo

A fertilização de manutenção é feita, aplicando-se os macronutrientes e micronutrientes em adubação de cobertura ou pulverizando as folhas. O adubo deve ser distribuído o mais homogeneamente possível na superfície do solo, em torno das plantas do canteiro, e incorporado com a ajuda de um escarificador ou enxada. Nessa hora, é preciso muito cuidado para que o revolvimento do solo não seja muito profundo, para não se danificar as raízes com a enxada ou com o próprio adubo, que não deve ficar em contato direto com elas.

Época de aplicação dos fertilizantes

Todos os fertilizantes devem ser aplicados na época de maior crescimento das plantas, entre a primavera e o verão, de setembro a março. Esta também é a época das chuvas, quando a maior quantidade de água no solo vai tornar a adubação mais eficiente.

Irrigação

Todas as plantas precisam de água para se manterem vivas. No caso de plantas de jardins, isso é ainda mais importante, para que a planta esteja sempre viçosa, com as folhas verdes e túrgidas, e as flores coloridas. A irrigação no jardim, no entanto, não segue regras específicas. Depende das condições climáticas, da umidade no solo, e da espécie de planta ornamental. Nas épocas de maior calor, primavera e verão, a irrigação pode ser feita até duas vezes ao dia, de manhã bem cedo e no final da tarde.

Quantidade de água

Com relação à quantidade de água, considere como ponto ideal quando o solo fica úmido, sem formar poças d’água. Água em excesso pode causar problemas às raízes, como apodrecimento, especialmente em períodos frios.

Controle de invasoras

Existem várias invasoras típicas de jardins: botão de ouro, mastruz, tiririca, serralha, macaé e a grama seda. Elas precisam ser constantemente vigiadas, pois são bastante agressivas, e se disseminam com rapidez.

Cuidados com as plantas

A limpeza do canteiro também é um trato cultural que melhora o aspecto visual do jardim. A maior parte das plantas ornamentais ficam com suas folhas secas presas ao caule, que podem ser retiradas com facilidade, melhorando sensivelmente sua qualidade visual e sua saúde.

Manutenção dos equipamentos

Todos estes equipamentos precisam de cuidados na sua manutenção. A afiação é um aspecto de grande importância. A manutenção do corte faz com que o trabalho fique mais rápido, diminuindo o esforço e evitando-se danos ao equipamento.

Podas

O jardineiro também deve conhecer bem as espécies de plantas presentes no jardim, principalmente aspectos como a resistência a diferentes graus de poda. Algumas precisam de podas mais intensas que outras, e a velocidade de brotação e de crescimento como um todo varia conforme a espécie. Basicamente, um jardim precisa de dois tipos de podas: as de limpeza e formação. Em todas elas são necessárias algumas ferramentas.

Pragas e doenças

As plantas de um jardim estão sujeitas ao ataque de uma série de pragas e doenças, como qualquer vegetal. Por isso, o jardineiro deve ficar atento, buscando sintomas associados a problemas sanitários. No jardim, o primeiro manejo para prevenir doenças é o da fertilidade do solo, complementado pela correta disponibilidade de água e correta luminosidade.

Manutenção de gramados

Um dos principais aspectos do manejo de gramados é sua alta exigência em água. Isso porque, apesar de o sistema ser radicular pouco profundo, os gramados apresentam grande área exposta diretamente ao sol, o que causa aumento da evapotranspiração. A água também é importante porque os nutrientes são transportados por ela até as raízes. Por isso, os gramados devem ser irrigados pelo menos uma vez por semana durante a seca, enquanto na época das chuvas a rega pode ser retomada nas estiagens superiores a uma semana.

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Por Silvana Teixeira.

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