Plasticultura no plantio de tomate reduz o uso da água e do agrotóxico

 

 O cultivo de tomate em estufas oportuniza a colheita em épocas com melhor preço de mercado.

Como o nome já diz, plasticultura é o cultivo agrícola auxiliado por plásticos, ou seja, por meio da utilização de estufas, que usam plástico nos formatos de filmes, telas de sombreamento, telas anti-insetos, filmes para cobertura do solo, entre outros.

O objetivo desse método é a produção de plantas em um local onde é possível condicionar um ou mais fatores ambientais, conforme o sistema adotado. Em plasticultura, o termo “cultivo em ambiente protegido” é o mais usado atualmente, e inclui as estufas, os telados e os túneis agrícolas.

A utilização de estufas na agricultura, proporciona um ambiente mais favorável para as culturas; principalmente de hortaliças, garantindo o cultivo de várias espécies durante todo o ano, aumentando a produção e a qualidade e ainda possibilita o aproveitamento de pequenas áreas com alta produtividade e qualidade. Além disso, traz significativa redução no desperdício de água e aplicação de agrotóxicos.

A prática de utilização de estufas para hortaliças é indicada para culturas que necessitem de condições especiais, como controle de temperatura, produção fora de época e isolamento de pragas, bem como para cultivos com valor de retorno alto. Os objetivos são diminuir o ciclo produtivo e melhorar a qualidade do produto.

 

O plantio  de tomate em ambiente protegido permite a obtenção de produtos de elevado padrão de qualidade.

 

O plantio de tomate em ambiente protegido é uma atividade relativamente recente no Brasil, mas encontra-se em franca expansão, sobretudo nos estados do Sul e Sudeste. Em vista do manejo diferenciado, esse modo de cultivo necessita de cultivares bem adaptados e que proporcionem o máximo rendimento de produtos de elevado padrão de qualidade. Embora o número desses ainda seja limitado, o tomate, ao lado do pimentão, é a espécie que tem mostrado crescimento mais consistente e é uma alternativa muito rentável do setor.

Antes de tudo, é extremamente importante que o produtor conheça bem a planta que quer cultivar, desde sua origem, as partes que a compõem até o ambiente em que essa se adapta. O tomateiro é uma planta exigente quanto ao clima, por isso em condições controladas, a produtividade é muito superior permitindo que seja cultivada em períodos que, devido às intempéries, não seria possível fazê-lo a céu aberto. O que oportuniza a colheita em épocas com melhor preço de mercado.

O curso Cultivo de Tomate em Estufa, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, é uma oportunidade de fornecer subsídios a todos os interessados na montagem e operação das estufas, abordando aspectos importantes sobre sua instalação e manejo para o cultivo do tomate. No curso você receberá informações da professora Dr. Rumy Goto, chefe do departamento de horticultura da Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP- Botucatu.

Após fazer o curso e ser aprovado na avaliação, o aluno recebe um certificado de conclusão emitido pela UOV – Universidade On Line de Viçosa, filiada à ABED – Associação Brasileira de Educação a Distância.

A regularidade de oferta, qualidade e quantidade do produto são condições básicas para que o horticultor tenha sucesso no seu empreendimento. Por isso, cada um deve avaliar se há mercado para a cultura que deseja produzir e também se a produção esperada cobrirá os custos do investimento.

Na maioria dos casos, a comercialização do tomate pelo produtor é feita através das Centrais de Abastecimento – CEASA. No entanto, o mercado atual, principalmente os grandes supermercados, tem feito uma compra diferenciada dos produtos, principalmente com aumento de áreas de cultivo protegido, aliando-se ao fato desse seguimento de hortifrúti ter se valorizado dentro desse tipo de comercialização, além do surgimento de “boutiques” nos grandes centros. Com isso, consegue-se uma freguesia constante e um melhor preço.