
Um dos principais recursos para averiguar a eficiência do manejo nutricional oferecido às matrizes é a avaliação do Escore de Condição Corporal (ECC) das porcas, o qual se enquadra de 1 a 5, sendo 1 para o animal muito magro e 5 para o animal muito gordo.
"Os níveis ideais para a suinocultura são 2,5 e 3,5, uma vez que porcas muito magras ou gordas têm problemas reprodutivos", explica Rony Antonio Ferreira, professor do Curso CPT Manejo de Reprodutores Suínos.
O ECC é definido a partir de quatro pontos do corpo das fêmeas:
• P1 - Papada: a formação de papada, que é o acúmulo de gordura na região do pescoço, decorre do acúmulo de energia na fórmula de ração e indica que o escore corporal do animal está acima de 10.
• P2 - Coluna: em animais bem nutridos, a ossatura da coluna não fica proeminente, mas ainda fica palpável quando não há excesso de gordura.
• P3 - Costela: em animais bem nutridos, as costelas não ficam visíveis, mas ainda ficam palpáveis quando não há excesso de gordura.
• P4 - Pernis: fêmeas de baixo escore corporal não apresentam perfil com musculatura bem formada, o que é desfavorável à sustentação da gestação.
Avaliação Visual do Escore de Condição Corporal (ECC) da Fêmea Suína
ECC |
Papada |
Coluna (processo espinhoso) |
Costelas |
Quadril |
Posterior |
1 |
Sem |
Proeminente |
Facilmente visíveis e proeminentes |
Ossos facilmente visíveis e palpáveis |
Pernil ausente |
2 |
Sem |
Proeminente, porém macia |
Visíveis, porém macias |
Facilmente palpáveis mas não visíveis |
Pernil pouco desenvolvido |
3 |
Normal |
Arredondada |
Totalmente cobertas, não visíveis, mas palpáveis |
Palpáveis |
Pernil aparente |
4 |
Presente |
Evidente como uma linha |
Não visíveis. Sentidas na palpação |
Palpáveis com certa dificuldade |
Pernil forte e pregas de gordura aparente no posterior |
5 |
Proeminente |
Não visível |
Não visíveis nem palpáveis |
Não palpáveis |
Muitas pregas de gordura no posterior |
Outro método para essa avaliação consiste em definir a espessura (em mm) do toucinho no ponto P2 (lado esquerdo na altura da última costela a 6,5 cm do lado esquerdo da coluna) com o auxílio de um aparelho ultrassonográfico.

Foto: Espessura de toucinho no ponto P2
Representação de corte transversal na altura da última costela
Na fase de crescimento, as fêmeas recebem ração à vontade. Quando começam a ser preparadas para a reprodução, o seu manejo nutricional será definido com base no seu escore corporal, o qual também definirá a possibilidade imediata de inseminação ou não.
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Por Silvana Teixeira.
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