
Jorge Borges, professor do Curso CPT Fabricação de Ração na Fazenda, afirma que o maior custo na pecuária é com a alimentação dos animais. Nesse contexto, a fabricação de ração na própria fazenda é um passo importante para reduzir estes custos. De uma pequena fábrica, podem sair suplementos energéticos, proteicos e rações fareladas para várias categorias animais, com diversas composições, utilizando diferentes ingredientes, sejam eles moídos, na forma de farelos e mesmo em grãos.
O milho e a soja são vistos como os principais ingredientes na formulação de rações por diversos motivos. São capazes de produzir volumosos de qualidade e com alto valor energético e proteico, o que justifica o uso na alimentação animal. Entretanto, além deles, há outras opções que também possuem relevância para produzir alimentos para os animais.
Conheça alguns dos principais:
- Trigo
O trigo já é bastante utilizado para alimentar bovinos, aves e suínos há bastante tempo e se destaca por ser uma alternativa barata. Há variedades já bem desenvolvidas e consolidadas como ideais para essa finalidade, que se sobressaem em relação a grãos que são mais caros e tornam a atividade mais custosa.
- Farelo de arroz
Amplamente utilizado na alimentação humana, o arroz é comercializado descascado e limpo. Tudo o que sobra nesse processo de “purificação” do arroz é conhecido como farelo – composto de arroz polido e, de fato, farelo. Esse subproduto é excelente para a finalidade de alimentar animais, devendo-se ter atenção à mistura obtida e conhecida como farelo.
- Mandioca
Por sua vez, a mandioca é considerada vantajosa por desempenhar papel importante na nutrição dos animais. É uma planta de fácil plantio e quase toda ela é conhecida por possuir muita energia. Então, substitui o milho e a soja perfeitamente, tendo sua produção facilitada nas propriedades produtoras.
- Polpa cítrica
Para bovinos, a polpa cítrica se constitui como uma alternativa na substituição de grãos caros. Ela é composta de pectina, uma substância capaz de fornecer energia ao gado. Contudo, seus preços nem sempre são interessantes, cabendo ao bovinocultor avaliar a sua utilização a partir da análise do custo-benefício.
- Gliricídia
A glicirídia pode ser produzida em consorciação ao milho, para que seja utilizada na época em que o milho atinge baixa produtividade. Suas folhas apresentam 22% de proteína e, por exemplo, se configura como uma possibilidade a ser considerada na nutrição de vacas leiteiras de baixa produção.
- Caroço de algodão
Assim como o milho, a soja e o trigo, o caroço do algodão já se popularizou na alimentação de criações, especialmente de bovinos. O caroço é caracterizado por ser oleaginoso, por possuir boa quantidade de fibras e por nutrir satisfatoriamente os animais. Contudo, seu preço varia bastante e sua utilização é relevante do ponto de vista econômico apenas quando ele está mais barato.
- Resíduo do biodiesel
Como resíduo do biodiesel, tem-se a glicerina, apresentando bons índices de energia e preços competitivos para os produtores. Quando utilizada na ração animal, o metabolismo daqueles que a consome apresenta melhoras. Vale ressaltar que, por ser um resíduo, pode ser uma escolha atrativa.
- Resíduos de cervejaria
Na fabricação de cerveja, produz-se como resíduo a cevada, com potencial proteico e que pode ser beneficiada para ser oferecida aos animais, haja vista que é considerada poluente quando descartada no ambiente. Com o crescimento da produção de cerveja a nível nacional, encontra-se cada vez mais resíduos para serem reaproveitados.
Conheça os Cursos CPT da Área Pastagens e Alimentação Animal:
Fabricação de Ração na Fazenda
Produção e Utilização de Silagem
Cultivo de Milho Hidropônico para Alimentação Animal
Fonte: Canal Agro – summitagro.estadao.com.br
por Renato Rodrigues
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