Dentre as diversas zoonoses existentes no Brasil, a raiva talvez seja a mais conhecida, sendo uma doença que preocupa todas as sociedades humanas por todo o mundo, explica o Prof. Dr. Marcelo Dias da Silva, do Curso CPT Prevenção e Controle de Doenças em Bovinos: Raiva, Tuberculose, Brucelose, Leptospirose e Hantavirose.
Características:
• Doença infecciosa viral aguda.
• Acomete mamíferos, inclusive o homem.
• Seu agente etiológico é um vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.
• Afeta o SNC (Sistema Nervoso Central), com rápida evolução, causando encefalite.
• Doença fatal em animais e para a população humana.
• Possui maior número de animais como hospedeiros, reservatórios e transmissores.
• Sintomatologia: varia de acordo com o paciente e a espécie acometida.
Muitas vezes os Médicos Veterinários são consultados para os casos envolvendo suspeita de raiva, até mesmo para orientar outros profissionais de saúde. Por isso é muito importante que esteja sempre atualizado.
A raiva é uma zoonose que pode ser divida em 4 ciclos epidemiológicos de acordo com os vetores responsáveis pela transmissão do vírus. São eles:
• Ciclo aéreo: representado pelo morcego.
• Ciclo silvestre: representado pelos primatas, carnívoros e outros animais silvestres.
• Ciclo urbano: representado por cães e gatos.
• Ciclo rural: representado por herbívoros ruminantes domésticos, a exemplo de equinos e bovinos.
Veja que ocorre uma interação entre o vírus da raiva, o morcego, os animais silvestres e domésticos. Logo, existe grande possibilidade de transmissão entre esses grupos e desses para o homem.
Entre as diversas espécies de morcegos encontradas no mundo, a espécie Desmodus rotundus, exclusiva da América Latina, é a única espécie hematófaga dentre os mamíferos. Esse morcego é, potencialmente, o vetor mais perigoso para a transmissão da raiva.
Fatores relacionados à sintomatologia da raiva:
O quadro de sintomatologia nervosa muitas vezes não é percebido por proprietários e tratadores de animais; doença extremamente contagiosa no meio rural. Os animais acometidos podem apresentar andar cambaleante, problemas de propriocepção, tremores, paralisia progressiva, até cair e vir a óbito.
Uma das medidas a serem tomadas é a vacinação:
• Devem ser vacinados animais suscetíveis à doença com a vacina apropriada à espécie.
• Jamais usar vacinas de cães e gatos em equinos e bovinos.
• A vacina é anual, administrada em animais a partir de 3 meses. Caso seja a 1ª dose, é necessário aplicar o reforço após 30 dias.
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Por: Thiago de Faria
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