A alimentação escolar é um instrumento eficaz para a recuperação dos hábitos alimentares adequados e na promoção da segurança alimentar nas escolas. Promover bons hábitos alimentares nas escolas, por sua vez, é trabalhar a favor de uma melhor aprendizagem, pois o aluno bem alimentado mostra um potencial maior. Sendo assim, o consumo de alimentos de forma adequada leva as crianças ao bom desempenho escolar e assegura maior facilidade de assimilação dos conhecimentos, além de prevenir uma série de doenças e desequilíbrios futuros, como problemas relacionados ao crescimento, colesterol alto e, também, obesidade infantil.
Quantidade e qualidade da alimentação escolar
Ao falar de alimentação escolar, há associação com a quantidade e também com a qualidade. O consumo de alimentos deve ser de tal forma que não falte nem ultrapasse a quantidade necessária de nutrientes que uma pessoa precisa, de forma a prevenir o aparecimento de doenças causadas tanto pela falta quanto pelo excesso de alimentos (Dutra, 2009).
A aceitação dos alimentos nas escolas
A aceitação dos alimentos pelos alunos é um fator determinante da qualidade da alimentação escolar e da atenção dada aos estudantes na escola. Além disso, evita o desperdício de alimentos e do dinheiro gasto na compra de gêneros alimentícios rejeitados (Sturion, 2002; CECANE/UNIFESP, 2010).
Cardápios escolares x aceitabilidade
Cardápios saudáveis nem sempre é garantia de ótima aceitabilidade, ou seja, que as refeições serão bem aceitas pelos alunos. Especialmente as crianças e os adolescentes podem rejeitar uma alimentação saudável, mas não se pode desistir facilmente. Segundo Téo et al. (2009), a questão da adesão dos escolares ao Programa de Alimentação Escolar está intimamente relacionada à da aceitação da refeição oferecida, sendo um dos atuais “nós críticos” na execução do PNAE.
Ações corretivas em casos de rejeição alimentar
Em caso de rejeição, deve haver ações corretivas de forma a inserir os alimentos no hábito alimentar dos alunos. Estudos (Birch, 1992) mostram que um alimento novo precisa ser oferecido várias vezes às crianças para que elas se acostumem a ele, sendo necessárias de 12 a 15 apresentações do alimento recusado.
Testes de aceitabilidade
Para avaliar a aceitação dos cardápios em vigor, os testes de aceitabilidade, frequentemente, dão preferência para as preparações que possuem maior frequência no cardápio (UNIFESP, 2010). As avaliações são realizadas por meio dos testes de aceitabilidade, com os seguintes procedimentos:
a) Quando a aceitabilidade dos alimentos deve ser realizada:
- Sempre que um novo alimento for colocado no cardápio;
- Quando houver alteração no preparo das refeições;
- No dia a dia para avaliar a aceitação dos cardápios praticados frequentemente, para certificação de que os alunos estão gostando das refeições servidas.
O teste de aceitabilidade não necessita ser aplicado na educação infantil na faixa etária de 0 a 3 anos (creche). O teste de aceitabilidade poderá ser dispensado para frutas e hortaliças ou preparações que sejam constituídas, em sua maioria, por frutas e, ou hortaliças.
b) Como:
As refeições deverão ser preparadas conforme receita padronizada enviada pelo nutricionista, ou de acordo com instruções da embalagem, em quantidade suficiente para que cada aluno receba uma porção deste (um copo ou um prato raso), com os seguintes cuidados;
- Deve ser analisada uma preparação de cada vez;
- Os alunos não devem ter informações sobre o teste, tampouco sobre o alimento a ser testado;
- Não analisar mais do que 3 (três) preparações por dia, isso pode causar fadiga sensorial (quando degustados muitos alimentos, os últimos servidos ficam prejudicados, por conta do cansaço ou mesmo da adaptação dos órgãos sensoriais, que passam a perceber menos o aroma e o sabor).
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Por Silvana Teixeira.
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