A mastite é a principal doença da pecuária leiteira e pode se manifestar de forma silenciosa. Esse problema compromete a produção e, às vezes, a própria vida dos animais. Por isso, a crescente profissionalização do setor pecuário impôs como correspondente o aumento das exigências na qualidade da agroindústria do leite. E assim, tem sido inserido nas práticas de manejo uma série de procedimentos relacionados à higiene na ordenha e qualidade da produção.
A mastite é contagiosa e transmitida entre os animais no momento da ordenha. As observações higiênicas de manejo contribuem para sua redução, pois como os agentes ambientais estão disseminados, é impossível erradicar a mastite ambiental, já que locais úmidos e ricos em matéria orgânica como lama, esterco, camas sujas, são os principais focos.
Os prejuízos ocasionados com a mastite incluem a diminuição na quantidade e na qualidade do leite, descarte da produção, custos com a reposição dos animais, gastos com medicamentos, mão de obra e assistência veterinária.
De acordo com o pesquisador, José Renaldi Feitosa Brito, no curso Prevenção e Controle de Mastite, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, “o fundamental é a prevenção de novas infecções da glândula mamária, principalmente por meio de medidas higiênico-sanitárias. Podem ser feitos procedimento gerais voltados para o manejo e instalações, como os cuidados durante o parto”.
Na ordenha, Brito, pesquisador da Embrapa Gado de Leite, explica que antes da retirada do leite as tetas devem ser limpas e secas. E, tanto nesse momento como depois, é preciso evitar o estresse do animal, proporcionar conforto e higienizar todos os equipamento utilizados. Uma boa estratégia é o fornecimento de alimentos de boa qualidade e palatáveis, forçando que o animal fique de pé e se alimente. Isso evita que o esfíncter da teta, que demanda certo período de tempo para seu fechamento, tenha contato com algo que o contamine.
Por: Ariádine Morgan
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