O solo coberto com palha de cana-de-açúcar reduz a liberação de 20% de gás carbônico na atmosfera.
Cientistas da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinária do campus de Jaboticabal, no interior de São Paulo, concluíram que cobrir o solo com palha de cana-de-açúcar reduz a liberação de 20% de gás carbônico na atmosfera. Uma vez que o solo fica sem a proteção natural, o estoque de carbono se espalha com mais facilidade.
Como o setor sucroalcooleiro está em fase expansão, é importante que se priorize uma produção mais sustentável. O físico responsável pela pesquisa, Newton La Scala Júnior, afirma que esses estudos e essa mudança nos tratos culturais geram vantagens que não são somente do ponto de vista ambiental.
“Ao liberar gás carbônico, o solo fica mais pobre em nutrientes". Isso significa que a manutenção da palha após a colheita fará o produtor economizar no uso de fertilizantes”, explica o pesquisador. La Scala ainda ressalta que o nível de poluição gerado é o mesmo de quando a terra está sendo preparada para um novo plantio. Como a cultura da cana só necessita desse trabalho a cada cinco anos, pode-se evitar esse dano.
Afonso Peche, professor do IAC- Instituto Agronômico de Campinas, no campus de Jundiaí, diz que a utilização da camada protetora de palha, sobre o solo, é a peça principal para se alcançar, conjuntamente, uma boa produtividade e manter o solo sob boas condições para os próximos plantios.
Além dessas contribuições, o professor Peche diz no curso Plantio Direto, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, que “a camada de palha sobre a superfície do solo, proporciona outros benefícios, como controle de erosão, redução da evaporação da água do solo, boas condições de temperatura, controle de plantas invasoras e de nutrientes.
O próximo passo da pesquisa é verificar se a cana molhada por causa das chuvas pode fazer com que o solo emita uma quantidade maior de gás metano, outro problema para o aquecimento global.
Por: Ariádine Morgan
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