Ao contrário do que se pensa, o colesterol não é tão ruim assim. Na verdade, ele é essencial para a formação de hormônios, membranas celulares e para sintetizar vitamina D, entre outras funções. A popularização da má fama dele se deve a dois tipos de proteínas associadas a ele. Uma, a lipoproteína de baixa densidade (LDL), retira o colesterol do fígado levando-o até as células. É responsável pela formação de placas nas artérias, que causam o entupimento delas.
A outra é a lipoproteína de alta densidade (HDL), que absorve o excesso de colesterol que se acumula nas artérias. Por isso, a HDL ficou conhecida como o “colesterol bom”, enquanto o LDL popularizou-se como “colesterol ruim”.
O colesterol precisa ser ingerido em quantidades significativas, mas por conta do tipo de proteína associada a ele, é desejável que se dê preferência aos alimentos que contêm o HDL, por evitar o acúmulo nas artérias. O nutrólogo Celso Cukier, do Hospital do Coração, em São Paulo, esclarece que o aumento do LDL acontece como resultado de uma alimentação rica em gordura saturada, presente em frituras, na carne vermelha e em embutidos, como a salsicha.
No entanto, é comum que pessoas com uma dieta pobre em gordura saturada tenham colesterol alto. Isso acontece por incapacidade do organismo de processar o colesterol e a HDL. Cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá, comprovaram que alguns alimentos podem ser mais eficientes para reduzir as taxas de colesterol e LDL do que se privar dos outros com gordura saturada.
Durante uma pesquisa de seis meses, feita com 345 pessoas com colesterol elevado, foi constatado que uma dieta equilibrada, magra e com fibras, oleaginosas, produtos à base de soja e alimentos ricos em fitoesterois (esteroides de origem vegetal) é bem mais eficiente para reduzir o risco cardíaco.
Mas a nutricionista Céphora Maria Sabarense, professora do curso Alimentação Saudável, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, explica que a principal causa do colesterol alto continua sendo a ingestão de gordura saturada. Portanto, é preciso associar uma dieta magra ao consumo dos alimentos que controlam as taxas de colesterol no sangue.
Alimentos que podem aumentar o colesterol: os processados, como biscoitos recheados, salgadinhos e congelados; carne vermelha (principalmente frita) e frituras em geral.
Alimentos que ajudam a reduzir o colesterol: fitoesterois encontrados em plantas (substituem o colesterol nas células), alguns alimentos são enriquecidos com eles, como iogurtes, margarinas e leite em pó. Alimentos à base de soja, como leite e proteína texturizada; oleaginosas (nozes, avelãs, coco, castanha de caju, entre outras); fibras solúveis (aveia e outros cereais).
Por: Maria Clara Corsino.
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