
Apesar do crescimento da produção de carne nos últimos anos, o Brasil ainda realiza importações de carne ovina para abastecer o mercado consumidor, visto que a oferta ainda é insuficiente. A tendência do consumidor brasileiro é se aproximar da alimentação dos países de primeiro mundo que varia de 20 a 28 kg/pessoa/ano. Os supermercados, açougues e restaurantes já estão quebrando o paradigma do consumo ser apenas dos sitiantes e produtores rurais.
Segundo o Prof. Edson Ramos de Siqueira, Engenheiro Agrônomo, Mestre e Doutor em Zootecnia, especialista em ovinocultura da UNESP, a diversidade ambiental do Brasil permite a implantação de diversos sistemas de criação. Sendo o ovino uma espécie ruminante, a alimentação em pastagem é predominante e isto resulta em um menor custo na produção. Tanto os campos naturais de solos de baixa fertilidade quanto as pastagens cultivadas, com alta capacidade de suporte, podem propiciar alta eficiência produtiva.
Uma informação importante explicitada pelo Prof. Edson no curso Criação de Ovinos de Corte do CPT - Centro de Produções Técnicas, é a facilidade de adaptação dos ovinos à pequenos criatórios. O rebanho nordestino, que é o mais expressivo no Brasil, está em sua maioria localizado em propriedades com menos de 30 ha.
Outro destaque nos ovinos é a sua natureza reprodutiva. O coordenador do curso Inseminação Artificial em Ovinos Convencional e em Tempo Fixo do CPT- Centro de Produções Técnicas, Prof. Luis Fonseca Matos, Médico Veterinário, Doutor em Produção Animal, faz uma comparação do desempenho geral dos ovinos e bovinos. O pasto tem a capacidade de suporte de uma vaca/ha ou 10 ovelhas/ha. Em 15 meses tem-se a produção de um bezerro que será vendido aos 30/36 meses, com peso médio de 12 a 15 arrobas, ou seja, 360 a 450 kg de peso vivo. No mesmo período, as 10 ovelhas terão quatro a cinco partos com uma produção média de 40 a 50 borregos, que aos seis meses terão o peso vivo de 1200 a 1500 kg. A carne de ovino já representa, e em uma perspectiva será ainda mais, uma boa fonte de renda para os produtores.
Por: Ariádine Morgan
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