
Na fruticultura, algumas pragas são um perigo iminente para o produtor e podem gerar prejuízos incalculáveis ao pomar. No caso do pessegueiro, não são muitas as pragas que o atacam. Uma das principais é a Grapholita molesta, conhecida popularmente como grafolita ou mariposa oriental. Originária da China, essa mariposa ataca também outras frutíferas, sendo mais comum sua incidência na Região Centro-Sul do Brasil.
Na fase adulta, essa praga se apresenta como uma mariposa de cor cinza-escura, com manchas escuras nas asas. O nascimento das mariposas ocorre pela manhã, mas seu hábito é noturno. Em geral, os primeiros voos da grafolita ocorrem ao entardecer, até 22 horas, com temperatura acima de 16°C.
À noite, elas ovopositam sobre as folhas novas e brotações do pessegueiro. Os ovos são depositados separadamente. Eles apresentam forma redonda-ovalada e cor branco acinzentada, com cerca de 0,7mm de diâmetro.
Quando eclodem, surgem as lagartas, com 4mm de comprimento e cor branco-creme ou amarelada (na fase inicial), e 14mm de comprimento e cor branco-rosada (fase mais desenvolvida).
As lagartas penetram a base do pêssego, próximo ao pedúnculo, e perfuram uma galeria em direção ao caroço. Um dos indícios do ataque dessa praga é um tipo de serragem resultante da atividade da lagarta no fruto (ao se alimentar). Mas também podem aparecer perfurações no pêssego, com um tipo de goma saindo deles.
Um dos principais métodos de controle da grafolita é o uso de armadilhas com feromônio sexual. Se o ataque estiver no início, os frutos acometidos pela praga devem ser descartados. Já os frutos novos e saudáveis (tamanho de uma azeitona) devem ser ensacados (papel de pipoca).
Isso vale para produção doméstica, onde há poucos pessegueiros. Em produções comerciais, recomenda-se o controle químico com Malathion, prescrito por um engenheiro agrônomo.
Por Andréa Oliveira.
Fontes: Globo Rural e Embrapa.
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