
Os carrapatos são destrutivos parasitos hematófagos encontrados na maioria, senão todos, os países, mas de maior importância econômica nas zonas tropicais e subtropicais. Podem produzir perdas na produção de carne e leite e, ainda, diminuir o valor do couro. "As infestações severas podem causar anemia e igualmente a morte. Os carrapatos também podem transmitir outros agentes de doenças graves", afirma Maria do Carmo Arenales, professora do Curso a Distância CPT Manejo Homeopático para Gado de Leite, em Livro+DVD e Curso Online. O ciclo de vida do carrapato pode ser dividido em duas fases: quando está nos animais, conhecida como fase parasitária e quando está nas pastagens, conhecida como fase de vida livre.
O acasalamento dos parasitos adultos machos e fêmeas ocorre no corpo dos animais. O sangue serve como alimento para a fêmea fecundada, que rapidamente se transforma em fêmea ingurgitada (ou seja, cheia de sangue). Depois, ela se solta do animal e cai na pastagem, iniciando, assim, a fase da vida livre.
No chão, a fêmea realiza uma busca por um local protegido do sol e, após dois a três dias, começa a postura dos ovos, que podem chegar até três mil. Em um período de quatro semanas, aproximadamente, dependendo da temperatura e da umidade, nasce o micuim, que é a larva de cada ovo. Dessa forma, cada carrapato pode representar a existência de milhares em vida livre nas pastagens.
As larvas ficam dois a três dias onde nasceram, depois, sobem no primeiro talo de planta que encontram. Ali, permanecem juntas, à espera dos animais para neles subirem e começar a fase parasitária.
A fase de vida livre dos carrapatos pode ser mais ou menos demorada, dependendo das condições de temperatura e umidade. De outono a março, que são os meses mais quentes e chuvosos do ano, a fêmea ingurgitada desenvolve seu ovo de forma mais rápida, após cair na pastagem. Entre abril e setembro, esse tempo pode triplicar, devido ao clima seco e frio.
Ao se fixarem no animal, as larvas alimentam-se com sangue ou resto de tecidos mortos ao redor do lugar onde se estabeleceram. Aos poucos, vão crescendo, até chegarem a machos e fêmeas adultos, quando, então, acasalam. Depois que sobem nos animais, as larvas levam de 18 a 20 dias para se transformarem em fêmeas ingurgitadas e em condições de caírem na pastagem. Os machos costumam ficar mais tempo nos animais, acasalando-se com fêmeas mais jovens.
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Por Silvana Teixeira.
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