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Qualidade da água no meio rural

A água utilizada pelo homem e pelos animais deve possuir determinados atributos que possibilitem uma garantia real à saúde

A disponibilidade de água de boa qualidade constitui verdadeiro desafio em muitas regiões mundiais. Foto: reprodução 

A água é um componente essencial dos tecidos biológicos, participando ativamente dos processos metabólicos e, para isso, o organismo humano absorve cerca de 2,2 litros de água por dia, considerando-se a água ingerida diretamente, bem como a que está presente nos alimentos. O consumo de água para atendimento das necessidades básicas por pessoa ao dia poderá variar entre 30 e 200 litros, nas áreas rurais, podendo chegar até a 350 litros nos grandes centros urbanos.

A disponibilidade de água de boa qualidade constitui verdadeiro desafio em muitas regiões mundiais, com significativa repercussão no campo social e econômico. Se, por um lado, ela representa um elemento de vital importância, por outro pode exercer significativa influência na transmissão de muitas doenças, como cólera, tifo, paratifo, leptospirose, tuberculose, colibacilose, shigelose, hepatite, enteroviroses, esquistossomose, amebíase, giardíase, parasitoses gastrintestinais, além de possibilitar a veiculação de substâncias tóxicas.

 

Na escolha de um manancial (represas, lençóis freáticos, águas de chuva, entre outros), deve-se levar em consideração os aspectos qualitativos relacionados à condição de potabilidade de uma água, os quais se referem: à turbidez, à cor, ao odor, ao sabor, ao pH, à dureza total, aos sólidos totais dissolvidos, aos cloretos, ao ferro, ao manganês, ao nitrogênio, à demanda bioquímica de oxigênio, aos coliformes totais/fecais e aos aspectos quantitativos relacionados à disponibilidade de água ou de vazão durante todo o ano.

 

Qualidade da água

 

A água utilizada pelo homem e pelos animais, para os diversos fins, deve possuir determinados atributos que possibilitem uma garantia real à saúde. Para ser considerada potável, a água precisa reunir algumas qualidades como: ser fresca, límpida, inodora, arejada, leve ao estômago, imputrescível, apta para o uso doméstico, isenta de compostos químicos nocivos e de agentes biológicos veiculadores de doenças infecciosas e parasitárias. A água destinada à bebida dos animais domésticos deve procurar reunir as mesmas condições higiênicas que a utilizada pelo homem.

 

Cor da água

 

É proveniente da combinação com restos vegetais, animais e minerais No caso dos minerais, destacam-se o ferro, o manganês e o cobalto que, quando presentes, alteram a cor da água. A cor das águas naturais, provenientes de substâncias orgânicas, como taninos e fenóis, são marrom-transparentes, enquanto as algas conferem-lhes uma cor verde e as suspensões de argila, a cor amarelo-avermelhada. Quando a cor da água for causada por substâncias orgânicas e inorgânicas, ela é considerada cor verdadeira. Já nas situações em que a cor da água for afetada pelas partículas em suspensão, ela é considerada cor aparente. A cor verdadeira só é passível de redução por meio do emprego de substâncias químicas ou de tratamento especial da água, enquanto a cor aparente é facilmente reduzida por processos físicos, como, por exemplo, pela decantação.

 

Geralmente, a cor da água não apresenta riscos à saúde, mas, na prática, torna-se muito importante, quando ocorre a rejeição ou redução de seu consumo, por razões estéticas. Em épocas de chuvas pesadas, as estações de tratamento de água, eventualmente, não conseguem fornecer uma água totalmente límpida, em razão do excesso de turbidez e de cor da água bruta que chega à estação e, para não haver rejeição ao consumo, é aconselhável que a população seja esclarecida quanto à qualidade da água fornecida. Porém, quando a cor da água resulta de incorporação de determinados resíduos proveniente de atividades agrícolas, pecuárias e industriais, ela deve ser analisada antes de ser utilizada para consumo humano e animal.

Turbidez da água

 

A turbidez refere-se ao grau de interferência com a passagem da luz através da água. Esse parâmetro não apresenta, diretamente, inconvenientes sanitários, mas é, pelo menos, esteticamente desagradável. Ela acontece em decorrência de partículas em suspensão existentes na água. Essas partículas poderão servir de abrigo para microrganismos patogênicos, que poderão comprometer a qualidade da água. Geralmente, essa turbidez é muito reduzida com uma decantação bem feita. Em alguns casos, entretanto, é necessário utilizar coagulantes químicos, associados à filtração em camada de areia, para complementar o efeito inicial obtido com a decantação.

 

Sabor/odor da água

 

O sabor é a combinação entre o gosto (doce, salgado, azedo e amargo) e o odor. A água pode combinar com determinadas substâncias como fenóis, ácido sulfuroso, gás carbônico, argila, sais, algas, entre outros, produzindo compostos de sabores e odores estranhos. O próprio cloro, quando utilizado em taxas superiores a 0,3 mg/l, pode conferir um sabor um tanto desagradável à água. Isso acontece também com as algas que imprimem sabor desagradável à água, além de causarem obstruções dos filtros de areia. Assim, o sabor/odor desagradável não apresenta riscos à saúde, mas as pessoas poderão questionar a sua qualidade.

 

Significado sanitário dos cloretos

 

Os cloretos estão presentes na água em quantidades variáveis, de acordo com a região. Concentrações superiores a 250 mg/l conferem um sabor salgado às águas. Em algumas regiões, usam-se fontes de água com até 2.000 mg/l de cloretos, sem nenhum prejuízo à saúde. Os cloretos, quando presentes na água, podem significar infiltração de águas residuárias e de esgotos, urina de seres humanos e de animais. Há algum tempo, a presença de cloretos na água era indicadora de contaminação das águas superficiais.

 

Dureza das águas

 

A dureza da água está relacionada especialmente com a concentração elevada de cálcio e magnésio. A importância da dureza de uma água está relacionada principalmente com o seu uso na indústria. Além de causar gosto desagradável à água, a dureza é responsável por incrustação em caldeiras, aquecedores e canalizações. Provoca ainda a redução da formação de espuma, aumentando o consumo de sabões e detergentes. O excesso de cálcio na água pode afetar o metabolismo mineral e provocar o aparecimento de cálculos renais. Uma água contendo sulfato de cálcio em excesso é imprópria para o uso doméstico e industrial, além de ser pouco agradável ao paladar. Já o excesso de magnésio provoca efeitos laxativos, tornando essas águas impróprias para o abastecimento público.

 

Taxa de microrganismos

 

As águas potáveis deverão conter senão uma pequena proporção de germes saprófitas, não originários do trato intestinal do homem e dos animais. Algumas bactérias, pela frequência de ocorrência na água e por serem destituídas de patogenicidade, são consideradas como integrantes da flora normal das águas. As bactérias do solo, que são arrastadas pelas águas de chuva, contribuem para o aumento da flora aquática. Entretanto, essa contaminação é passageira, pelo fato de ser a água, geralmente, um meio adverso à maioria das bactérias. A Portaria 36 de 19/01/90, do Ministério da Saúde, que trata das normas e dos padrões de potabilidade da água destinada ao consumo humano, determina que sejam feitas contagens de bactérias heterotróficas em 20% das amostras analisadas por mês, semestre ou ano e que não poderão exceder a 500 unidades formadoras de colônias por ml.

 

Tratamento de água

A água utilizada pelo homem e pelos animais, para os diversos fins, deve possuir determinados atributos que possibilitem uma garantia real à saúde 

Tratamento da água

"Em função do tipo de uso, as águas devem receber o tratamento específico. Assim, temos exigências mais rígidas quanto ao teor de cálcio, magnésio, ferro, manganês e outros elementos químicos, quando a água se destina às indústrias", afirma Francisco Cecílio Viana, professor do curso Tratamento de Água no Meio Rural, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas.

 

Por outro lado, as exigências sanitárias para águas de bebida, destinadas ao homem e aos animais, obedecem a outros parâmetros de qualidade. Portanto, os objetivos do tratamento podem ser assim agrupados:

 

- Sanitários, relacionados com prevenção de doenças e aplicação de iodo e flúor na água;

- Econômicos (implementação de indústrias, irrigação e redução de gastos hospitalares);

- Estéticos (remoção de turbidez, cor, matéria orgânica, sabor e odor desagradáveis).

 

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Por Andréa Oliveira

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