
Existem três tipos de poços, o artesiano, o semiartesiano e o freático. No primeiro, a água é captada, por pressão natural, após a escavação do subsolo. No segundo, a água é captada por bombeamento. Nesse caso, como este é mais profundo, sua vazão é até mil vezes mais eficiente. Por fim, no poço freático, também conhecido como cisterna ou poço caipira, a água é captada superficialmente dos lençóis freáticos.
“Os poços artesianos são perfurados com o objetivo de captar a água de boa qualidade, própria para o consumo. Esta se encontra armazenada no lençol freático. Como é livre de poluentes e agentes contaminantes, apresenta características biológicas, físicas e químicas, que a tornam potável”, explicam Joaquim Aurélio Gomes e Francisco Markowicz Júnior, professores do Curso CPT Perfuração de Poços Artesianos e Semiartesianos.
Quais as principais vantagens?
Em comparação com outras técnicas de captação de água, a construção de poços artesianos ocorre em tempo significativamente curto. Normalmente, são necessários entre 5 e 20 dias até que a água comece a jorrar por pressão. Esta é uma forma sustentável e ambientalmente correta de captar água do subsolo, pois os impactos ambientais são praticamente imperceptíveis.
Outra grande vantagem do poço artesiano é a disponibilidade de água natural, limpa e com minerais benéficos ao organismo humano. Sendo assim, este é um investimento com grande viabilidade e retorno. Principalmente pela economia com relação à conta de água.
Quais os cuidados com manutenção?
O poço artesiano não requer manutenção contínua. Entretanto, torna-se fundamental realizá-la como prevenção. Nesse caso, o poço deve ser inspecionado anual ou bianualmente. Durante a manutenção, são avaliados todos os equipamentos elétricos e hidráulicos do poço artesiano. Principalmente a bomba, os quadros de comando, os tubos e os cabos.
Critérios para avaliar a potabilidade da água
Um dos principais cuidados com a água captada do poço artesiano é a sua qualidade, mais especificamente a sua palatabilidade. De acordo com a Portaria MS nº 1.469, de 29 de dezembro de 2000, da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a potabilidade da água deve ser avaliada com base em alguns critérios. O primeiro deles, refere-se ao pH, que é avaliado com o auxílio de um equipamento chamado pHmetro.
Outro critério avaliado é em relação à turbidez, ou seja, se a água é (ou não) doce e potável. Da mesma forma, é avaliada a dureza, isto é, a concentração de íons de minerais dissolvidos na água. Sem falar da análise da quantidade de cloreto, que é um regulador de acidez, além do cloro residual livre (medido com fita teste). Nesse caso, este pode chegar a 0,5 miligramas/litro (no mínimo).
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Fonte: Tecnologia no Campo
Por Andréa Oliveira
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