“O sistema de irrigação por gotejamento tem como característica principal a aplicação de baixo volume de água, nas plantações a céu aberto ou em estufas, distribuída de forma constante, lenta e pontual, com pressões menores, por meio de gotejadores, que devem passar por contínua manutenção e limpeza”, explica José Dermeval Saraiva Lopes, engenheiro agrícola e professor do Curso CPT Projeto de Irrigação Localizada.
Na irrigação localizada, a água deve ser distribuída, na lavoura, uniformemente. Caso contrário, o manejo de irrigação torna-se ineficiente e oneroso ao produtor. Por outro lado, quando bem projetada, a irrigação por gotejamento apresenta excelentes resultados, com aumento da produtividade e redução de custos. Infelizmente, os gotejadores podem entupir, o que requer revisão das peças para que o sistema funcione adequadamente.
São diversas as causas para o entupimento dos gotejadores de irrigação. Elas podem ter origem química, como precipitação de cálcio e ferro presentes na água; origem física, como acúmulo de partículas de solo, resíduos plásticos, ou mesmo insetos (formigas) ou ovos de insetos (aranhas); origem biológica, como o crescimento de algas e bactérias; e por desenvolvimento das raízes das plantas.
Como evitar entupimento dos gotejadores de irrigação?
1. Se a natureza do entupimento for biológica, deve-se proceder ao tratamento químico da água, por meio de produtos à base de cloro. Há duas formas de realizar a cloração da água da irrigação: contínua ou intermitentemente. Na primeira, são aplicadas dosagens baixas de cloro (entre 1 a 10 miligramas por litro); já na segunda, são aplicadas dosagens de choque (mais de 100 miligramas de cloro por litro) sem uso do sistema de irrigação 12 horas.
2. A escolha do tratamento ideal deve considerar os seguintes fatores: a atividade microbiológica na água; a composição química da água; e a presença de sólidos em suspensão na água. Outra importante orientação é proceder à limpeza do sistema de irrigação por meio da abertura do final de cada linha. Trata-se de um procedimento igualmente recomendado a sistemas de irrigação sem uso por longos períodos.
3. Se ao tratamento com cloro forem associados produtos ácidos, os resultados são melhores. Entretanto, o procedimento deve ser realizado semanalmente. Além disso, deve-se garantir a qualidade da água usada na irrigação, pois se o seu padrão estiver abaixo do normal, os gotejadores serão obstruídos. Sendo assim, torna-se indispensável a avaliação periódica da água, assim como a do sistema de irrigação como um todo.
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Fonte: agroclique.com.br
Por Andréa Oliveira.
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