Ponto de venda e marketing: qual a ligação entre eles?

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O ponto de vendas está relacionado diretamente com a localização da loja. A facilidade de ser encontrada, o bairro onde está, os benefícios diretos que oferece aos clientes por estar ali, o estacionamento facilitado, tudo isto influencia diretamente no processo de comercialização que se está pretendendo.

“Uma loja de doces, por exemplo, que se localiza num shopping center, ao que tudo indica, terá grandes chances de sucesso, já que os clientes estarão se locomovendo no ambiente com a vontade expressa de fazer compras ou de se divertir um pouco. Com o passar do tempo, sentirão cansados e nesse momento a loja de doces terá grandes possibilidades de vender seus produtos a eles”, afirma Marcos Lanna, professor do Curso a Distância CPT Treinamento de Gerente de Loja. Ainda aqui há pontos a discutir: a aparência da loja é compatível com a do shopping? A localização é privilegiada? O público-alvo da loja de doces frequenta o shopping?

Não existem pontos de vendas que sejam bons para qualquer produto. Tudo vai depender do entrosamento entre as diversas “pontas”, nas quais desenvolve-se o projeto. Você já pensou como é importante o ambiente da sua loja? A iluminação, a postura dos vendedores, a rapidez no atendimento, tudo isto é um composto do produto que se quer vender. Será que um vendedor encostado no balcão, com a mão na boca, pensando na vida é um bom chamariz? Que ideia ele está vendendo da loja onde trabalha?

A disposição das mercadorias é um aspecto muito importante também. Chama-se Merchandising esse processo de mostrar, de organizar os produtos de forma harmoniosa, que chame a atenção do possível consumidor. Detalhes importantes como disposição de itens maiores atrás, menores na frente, cores contrastantes, agrupamento de itens que fazem ideia do conjunto, exposição privilegiada de promoções são fortes indutores de vendas. Desenvolver uma visão crítica é essencial. Quando estiver andando pelo comércio (de sua cidade ou de outras), repare na forma de exposição das lojas, principalmente das lojas que vendem mais.

Outro aspecto da questão da exposição é a vitrine. Ela precisa ter uma organização, precisa estar envolvida com um evento, vender uma ideia ou um ambiente. Super exposição de mercadorias (vitrine cheia) não costuma ser uma coisa muito boa. Acaba não mostrando o essencial e a poluição visual atrapalha.

Quando falamos em localização, precisamos nos lembrar também das empresas virtuais, aquelas que estão na Internet. Elas não possuem endereços físicos. As pessoas entram em contato, compram e recebem as mercadorias através dos computadores. Isto não invalida a importância da localização. O que estamos vendo nos dias atuais é que também existem endereços virtuais, lojas sem paredes, atendimentos desenvolvidos a distância. Nos relacionamentos pela Internet, o cliente não sai da casa, mas consegue ver sua loja através do computador. Já imaginou o quanto isto é interessante?

Pensando em tudo isto, só falta concluir que o conceito de valor de produto é muito relativo. Não estamos falando de qualidade. Hoje não se discute mais isto. A qualidade é a demanda do cliente. Neste sentido, o produto deve estar adequado. A desilusão do consumidor é um problema gravíssimo para o comerciante.

O valor de um produto é o resultado de diversas variáveis. O mesmo pão de queijo em lanchonetes diferentes tem preços e consumo diferentes. As lojas precisam estar preparadas para agregar valor aos produtos que vende. Também disso dependem as vendas e o lucro que se consegue com elas.

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Por Silvana Teixeira.