Plantas menores e mais frágeis abrem espaço para as plantas invasoras que, por não serem consumidas pelo gado, passam a predominar. Esse processo, quando contínuo, leva a pastagem à degradação, afirma Adilson de Paula Almeida Aguiar, professor do Curso a Distância CPT Manejo de Pastagens. A recuperação, por sua vez, vai ocorrer com vigor, se for deixado no pasto um resíduo maior que 25% da área foliar para que a recuperação ocorra com uso mínimo de reservas. Para garantir um resíduo mínimo como esse, duas ações de manejo são necessárias: controlar a taxa de lotação de pastagens e dar às plantas o tempo necessário a sua recuperação.
Primeiro, controlar a quantidade de forragem consumida, limitando o número de animais em pastejo, ou seja, a taxa de lotação da pastagem, compatibilizando-a com a forragem disponível, de forma a permitir um resíduo pós-pastejo adequado. Segundo, oferecer às plantas um período de recuperação, no qual os animais não estarão presentes, para que a rebrota ocorra em toda a pastagem de forma homogênea.
Porém, quando há sobra de forragem, ou seja, não há animais suficientes para consumir toda a forragem produzida pelo pasto, ocorre um fenômeno inverso, o subpastejo. Nesse caso, o resíduo nas plantas pastejadas estará muito alto, podendo algumas plantas estarem inteiras.
Outros dois aspectos do pastejo também podem ser controlados: o momento em que os animais iniciam o pastejo e o momento em que terminam. Se o pastejo começa pouco antes da senescência, quando as plantas chegaram ao máximo nível de armazenamento de nutrientes, o gado estará consumindo forragem tenra e de alto valor nutricional, com a melhor qualidade possível. Do contrário, se o pastejo se inicia quando a senescência já começou, a qualidade nutricional da forragem será menor.
Ao mesmo tempo, atingida a altura máxima da forrageira, que varia com a espécie e com as condições ambientais, seu crescimento diminui e pode se tornar negativo, quando as perdas de forragem são maiores que a rebrota. As folhas e os talos perdem nutrientes e ficam cada vez mais fibrosos.
As folhas mais velhas fazem menos fotossíntese e depois de mortas encerram essa atividade. O material senescente e morto promove sombreamento das gemas de brotação, desestimulando a produção de novos perfilhos e folhas. Concluímos, então, que o superpastejo e o subpastejo têm forte efeito negativo sobre a pastagem.
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Por Silvana Teixeira.
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