
Bovinos em confinamento ou a pasto podem receber como alimentos subprodutos da agroindústria, pois se trata de uma prática com viabilidade técnica e econômica. Além de investir menos em ração, o pecuarista mantém o bom desempenho produtivo do gado. Farelo de milho, triguilho, resíduos de soja, polpa cítrica, melaço e bagaço de cana são exemplos de produtos secundários da fabricação de produtos agrícolas, que podem ser fornecidos ao gado.
1. Farelo de milho
O farelo de milho é obtido da produção de amido de milho. O farelo de glúten de milho 22 vem de parte da membrana externa do grão de milho, do gérmen e do glúten. Ele é constituído de 22% de proteína e energia semelhante à do sorgo, mas com palatabilidade média. Já o farelo de glúten de milho 60 vem do resíduo seco de milho, constituído de maior porcentagem de proteína e energia, mas com baixa palatabilidade.
2. Triguilho
Após a colheita do trigo, ele passa pelo processo de limpeza, que elimina os grãos pequenos, quebrados e chocos. Juntos, esses resíduos do trigo recebem o nome de triguilho utilizado na alimentação do gado. Embora apresente valor nutricional similar ao do milho, o triguilho apresenta maior porcentagem de proteína. A proteína bruta varia entre 13% e 14%, enquanto a fibra bruta em torno de 2,7% e 3,0%.
3. Resíduo da soja
Da extração da soja na agroindústria, surge uma parte residual constituída de fragmentos e cascas de soja. Sua composição é de 17% de proteína e 29% de fibra bruta e, por isso, pode ser adicionada à dieta do gado. Além disso, o resíduo de soja abrange 80% do valor energético do milho e apresenta pectina (fibra) com cerca de 90% de digestibilidade. Ele pode corresponder a, no máximo, 20% da ração dos bovinos.
4. Polpa cítrica
A polpa cítrica vem da fabricação de suco concentrado de citros, principalmente laranja. Constituída do descarte de frutas, bagaço, sementes e casca, esse subproduto apresenta propriedades energéticas semelhantes às do concentrado e propriedades fermentativas similares às do volumoso. Sua digestibilidade de matéria seca ultrapassa à do milho laminado. Sem falar que é um alimento rico em fibra digestível e energia.
5. Melaço da cana
O melaço da cana vem do refino e da industrialização do açúcar. Sua consistência lembra a do xarope, com odor típico e cor escura. Além disso, ele é considerado um alimento energético devido à porcentagem de açúcar (55%). Entretanto, apresenta baixa quantidade de proteína (2,8%). A recomendação é de 6,0 Kg de melaço por dia (por animal). Sua ministração na dieta deve ser gradual até a adaptação do bovino.
6. Bagaço da cana
O bagaço da cana é constituído de 30% da cana moída. Embora apresente baixo valor nutricional e baixa digestibilidade (30%), esse subproduto pode ser fornecido ao gado contanto que passe por tratamento. Trata-se da hidrolise do bagaço, que rompe a ligação entre a lignina e a celulose. Com isso, a lignina indigesta é eliminada pelo trato gastrointestinal do bovino e a celulose, aproveitada como energia.
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Fonte: Rural Centro
Por Andréa Oliveira

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