Mais bezerros e mais leite, esse é o objetivo dos pecuaristas que pretendem elevar ou manter bons resultados na bovinocultura leiteira. No Brasil, um país de economia essencialmente agrária, o setor se desenvolveu bastante nos últimos anos e atualmente conta com o auxílio de métodos (alguns novos e outros aprimorados) que auxiliam nas atividades vinculadas à criação de gado de leite. Técnicas simples, estão ao alcance do produtor, mas muitas vezes, por falta de interesse ou informação, ele não obtém esses recursos.
No contexto da pecuária leiteira, a eficiência reprodutiva é altamente desejável para que o negócio de criação de gado leiteiro seja bem sucedido. Portanto, para o produtor manter-se competitivo no mercado, a busca constante pela capacitação e pelo acompanhamento da assistência técnica são imprescindíveis.
Entre os fatores que afetam diretamente a eficiência reprodutiva do rebanho leiteiro, está a idade ao primeiro parto. É preciso estar atento a ela, a como controlá-la, bem como às condições que a favorecem. Ao longo de todo o processo, todas as fases estarão sempre associadas ao manejo sanitário e alimentar do animal, portanto esses deverão receber cuidados para que o gado se adeque a um sistema de aperfeiçomento das práticas, que objetiva aumentar não apenas a quantidade do produto mas também a qualidade dele.
A fim de levar conhecimento aos pecuaristas e às equipes de trabalho na propriedade rural, o curso Técnicas para Produzir Mais Leite e Mais Bezerros, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, traz as orientações de pesquisadores da Embrapa Gado de Leite. No que diz respeito à eficiência reprodutiva, os doutores Ademir de Moraes Ferreira, José Henrique Bruschi e Luciano Patto Novaes afrmam que "as causas de problemas reprodutivos são muitas e variadas, porém, qualquer distúrbio ou patologia que afete ou prejudique a função reprodutiva normal da fêmea bovina terá reflexo no animal pelo aparecimento de uma das seguintes síndromes: anestro (falta de cio), repetição de cios (pós-serviço ou falha na identificação) e abortos".
Sendo assim, para evitar problemas como esses, a idade ao primeiro parto precisa ser monitorada e requer procedimentos específicos. Segundo os especialistas, o ideal é que a idade ao primeiro parto seja menor que quatro anos. Dessa forma, chamam a atenção para a relevância da idade jovem do animal. É necessário que essa etapa seja bem conduzida, pois tudo o que prejudicar o crescimento das novilhas pode aumentar a idade ao primeiro parto.
Para alcançar a redução da idade ao primeiro parto, alguns aspectos merecem destaque. O curso elenca alguns deles:
Alimentação
Colostro, leite, volumoso/concentrado, água limpa à vontade e sal mineral.
Manejo
Higiene ao parto, corte e desinfecção do umbigo, piquetes para pastejo (carrapato e sol), bezerreiros (boa aeração, ensolarados, limpos, sem umidade).
Controle sanitário
Observar sinais de doenças (perda de apetite e de peso, pelos arrepiados, febre, diarreia, tosse, catarro nasal, inchações, feridas, andar claudicante, cor anormal da urina, respiração ofegante, etc.), anaplasmose/piroplasmose (tristeza), vacinações, desverminação, entre outros.
Reprodução
Monta ou inseminação artificial com 250kg a 350kg, dependendo da raça ou grau de sangue. O rápido e excessivo crescimento das novilhas (>800g/dia), dos 12 meses ao 1º cio, podem prejudicar a futura produção de leite, por acúmulo de gordura no úbere (Swanson 1960; Sejrsen 1978). Também o crescimento lento é prejudicial.
Continue aprofundando seus conhecimentos, acesse o curso CPT, confira outros tópicos referentes à bovinocultura leiteira. Para complementar o aprendizado, visite e conheça também a área Bovinos – Gado de Leite no portal CPT!
Por Luci Silva
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