Muito recentemente, um estudo apresentado pela Universidade Federal de Lavras (UFLA)/MG, sobre vacas em lactação, avaliou o efeito antimicrobiano de óleos essenciais no combate ao Staphylococcus aureus – principal agente patológico da mastite bovina – e do Steptococcus agalactiae – uma das mais importantes bactérias causadoras da mastite subclínica.
Por meio desses estudos, comprovou-se que o uso de antibióticos tradicionais usados no tratamento da mastite em vacas leiteiras contribui, e muito, para a seleção de bactérias resistentes, além de deixarem resíduos no leite. Por outro lado, de acordo com a biomédica Silvia Perini, autora da pesquisa, a doença tratada com compostos derivados de plantas comuns é uma excelente alternativa para o controle da mastite.
Com o objetivo de quantificar a concentração inibitória mínima dos óleos essenciais, necessários para o combate das bactérias S. aureus e S. agalactiae, inúmeros testes foram realizadas in vitro, no laboratório de bacteriologia de medicina veterinária da própria instituição. Entre as plantas envolvidas na pesquisa citam-se a Sálvia, o Cravo-da-índia, o Tomilho Branco, a Citronela, o Cardamomo, o Capim-limão, o Alecrim e a Canela-cássia.
Para a validação dos dados, cepas associadas a casos de mastite clínica e subclínica, coletadas pela pesquisadora em uma fazenda leiteira do sul de Minas, foram isoladas e submetidas aos testes. Em seguida, os óleos essenciais foram diluídos em medidas que variavam de 2,5% a 0,0048% de 1 mililitro (ml). O intuito da autora foi classificar como mais eficiente a composição capaz de combater as cepas com a menor quantidade utilizada. Finalizadas as avaliações, o resultado encontrado, por ordem decrescente, foi:
Bactéria: Staphylococcus aureus
1° lugar - Canela-cássia, com 0,03906% da substância;
2° lugar - Capim-limão e Tomilho Branco, com 0,15625% da substância;
3° lugar - Cravo-da-índia e Capim Citronela, com 0,3125%;
4° lugar - Alecrim Cardamono e Sálvia, com níveis insignificativos de concentração inibitória mínima acima de 2,5%.
Bactéria: Steptococcus agalactiae
1° lugar - Canela-cássia, com 0,03906% da substância;
2° lugar - Cravo-da-índia, com 0,078125%;
3° lugar - Capim-limão e Tomilho Branco, 0,15625%);
4° lugar - Capim-citonela e Cardamono, 0,625%;
5º lugar - Sálvia (1,25%) e Alecrim (CIM>2,5%), que não apresentaram atividade antimicrobiana significativa.
Portanto, óleos essenciais produzidos com a Canela, o Cravo, o Capim-limão, o Tomilho Branco e
a Citronela foram listados como os potenciais inibidores das principais bactérias causadoras da mastite, além de serem alternativas viáveis no tratamento in vivo das infecções intramamárias que muito prejudicam a produção leiteira.
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Por Silvana Teixeira
Fonte: Revista Mundo do Leite
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