A bovinocultura de corte brasileira tem passado por avanços no comércio internacional de carne, competindo em condição de igualdade com tradicionais exportadores como Uruguai e Argentina. A crise gerada pela “doença da vaca louca”, na Europa, abriu as portas para o produto brasileiro, enquanto outros mercados passaram a ser conquistados, como Estados Unidos, Rússia e China. Dados mostram que as exportações brasileiras de carne bovina apresentaram crescimento expressivo de 53% em maio de 2010, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Essa abertura de novos mercados, entretanto, não se deu de forma tão fácil: em pouco tempo, surgiu uma exigência absolutamente nova para a pecuária de corte brasileira, que é a identificação e certificação de origem. Uma exigência que acabou levando o governo brasileiro a criar o SISBOV (Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina) e, por meio dele, a estabelecer toda uma sistemática de rastreamento, que começou a tomar corpo apenas no ano de 2002, num processo relativamente complexo.
O SISBOV tem por objetivo registrar e identificar o rebanho bovino e bubalino do território nacional, possibilitando o rastreamento do animal desde o nascimento até o abate, disponibilizando relatórios de apoio à tomada de decisão quanto à qualidade do rebanho nacional e importado. É de adesão voluntária para os produtores rurais, mas será obrigatória no caso de comercialização de carne bovina e bubalina para mercados que exijam a rastreabilidade.
Em termos de organização do Sistema de Certificação, o órgão responsável pela regulamentação, implementação, promoção e supervisão é a Secretaria de Defesa Agropecuária – SDA/MAPA. Ficou estabelecido que a identificação e o registro individual dos animais deve ser feito por entidades certificadoras públicas ou privadas, devidamente credenciadas junto à Secretaria. Os dados para esse registro deverão ser inseridos no cadastro nacional do SISBOV, que tem, inclusive, funcionamento “on-line”.
O SISBOV tem por objetivo registrar e identificar o rebanho bovino e bubalino do território nacional.
As agências certificadoras, basicamente, são responsáveis por três tarefas: pela caracterização das propriedades a serem cadastradas, seleção e identificação dos animais, e a inserção dos dados no sistema.
Na propriedade, a maior vantagem da identificação e da consequente possibilidade de rastrear os animais, é o surgimento de um potencial de incremento do gerenciamento do rebanho, com um controle individual dos animais. Esse tipo de acompanhamento é uma forma de avaliar as práticas de manejo da fazenda, permitindo um monitoramento mais certeiro, que leve ao aumento da eficiência da atividade pecuária. A identificação também facilita a implementação de programas de melhoramento genético, que propiciam uma constante evolução do rebanho.
Com o objetivo de levar informações acerca do processo de rastreabilidade e promover sua difusão, o CPT – Centro de Produções Técnicas, em parceria com a FAZU - Faculdades Associadas de Ubera, elaborou o curso “Rastreabilidade – Identificação e Certificação de Bovinos de Corte”, no qual você estará recebendo informações dos professores Carlos Henrique Cavallari Machado e Luiz Antônio Josahkian, especialistas em genética e melhoramento da FAZU – Faculdades Associadas de Uberaba, e técnicos da ABCZ - Associação Brasileira dos Criadores de Zebu.
Após fazer o curso e ser aprovado na avaliação, o aluno recebe um certificado de conclusão emitido pela UOV – Universidade On-Line de Viçosa, filiada mantenedora da ABED – Associação Brasileira de Educação a Distância.
A certificação e rastreabilidade permitirão maior padronização dos produtos, e uma melhoria da imagem da carne junto ao consumidor final. O mercado está se segmentando, existindo grupos de consumidores para carnes "light", orgânica, precoce entre outras. Produtos certificados garantem ao consumidor o que lhe é prometido na venda, assim, algumas marcas de carnes já vendem nos supermercados carne rastreada, como forma de agregar valor ao produto.
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