Do dia 21 de junho a 21 de dezembro os dias são crescentes e do dia 21 de dezembro a 21 de junho, decrescentes. Em virtude disso, as aves nascidas no começo do inverno apresentam uma maturidade sexual muito precoce, pois sofrem a ação de dias naturalmente crescentes, isto é, com cada vez mais luz.
Marcelo Dias da Silva, professor do Curso CPT Galinhas Poedeiras: Produção e Comercialização de Ovos, explica que isso é prejudicial, pois “o início da postura antes do desenvolvimento corporal pode ocasionar produção de ovos menores e em menor quantidade, além de ocasionar problemas de prolapso do oviduto.”
Já as aves nascidas no verão, portanto sofrendo a ação de dias naturalmente decrescentes, têm maturidade sexual mais tardia e o peso dos ovos é mais elevado.
Por isso, o programa de luz artificial é muito importante para “corrigir” a natureza. Se um adequado programa de luz não é efetuado, pode ocorrer uma indesejável antecipação da maturidade sexual das frangas nascidas no fim do outono ou no inverno. Quanto mais ao sul se estiver na América do Sul, mais intensos são esses efeitos.
O importante é que as aves recebam sempre luz decrescente entre a décima e décima sétima semanas de vida.
Por isso, as aves em que a fase de recria está inserida de janeiro a junho devem ser expostas apenas a luz natural. Já as aves em que a fase de recria se insere de julho a dezembro precisam de luz constante de 13 horas a 14 horas (natural + artificial).
Resumindo todas as informações fornecidas aqui no curso, um programa de luz recomendado é:
Foto: Programa de luz nas fases de cria e recria de galinhas poedeiras
A intensidade da luz fornecida deve ser pelo menos igual à da luz natural, de maneira que as aves não considerem a luz artificial tão discreta a ponto de indicar-lhes que é chegada a hora do repouso e nem tão intensa a ponto de estressá-las.
Assim, recomenda-se uma intensidade de 20 lux para galpões abertos, que servirá tanto para a fase inicial quanto para a fase de produção.
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Por Silvana Teixeira.
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