
A doença de Gumboro é também conhecida como doença infecciosa da bursa de Fabrício ou bursite, sendo provocada por birnavírus. É caracterizada pela destruição de tecido linfoide, causando imunodepressão na aves. Ocorre no mundo inteiro, causando mortalidade, principalmente, em aves de três a sete semanas de idade.
"O vírus, altamente resistente, é eliminado pelas fezes, podendo contaminar os ovos, e transportado de galpão para galpão pelos bebedouros, comedouros, campânulas e pessoal que maneja os galpões", afirma Marcelo Dias da Silva, professor do Curso CPT Criação de Frango e Galinha Caipira. Portas de entrada para o vírus Gumboro
As vias diretas de penetração do vírus no organismo são a aérea, a ocular e a digestiva, enquanto as indiretas são pela ração, pela água e por insetos. A doença tem um período curto de incubação, de dois a três dias, e apresenta mortalidade variável, até 30%, porém, a morbidade (apatia, tristeza), pode atingir todas as aves.
Como o vírus Gumboro se apresenta
Essa doença pode se manifestar de forma clínica ou subclínica (silenciosa) e o grau de patogenicidade é relativo ao tipo de vírus, podendo ser apatogênico ou de baixa, média ou alta patogenicidade. Embora não tenha sintomatologia na forma clínica, observa-se tristeza, anorexia, autobicagem na região da cloaca, diarreia, desidratação, palidez acentuada, rins pálidos e bolsa aumentada e de aspecto hemorrágico. Se a doença apresentar-se na forma subclínica, a mortalidade é praticamente nula, mas, como o vírus tende a lesar todo o sistema imunitário, há um prejuízo à resistência das aves, tornando-as susceptíveis a outros patógenos.
Formas de prevenção ao vírus Gumboro
Como medidas de prevenção, recomenda-se evitar que a granja seja infectada pela doença, pois, uma vez contaminada, a eliminação dos patógenos é praticamente impossível, assim, a granja terá de conviver com a presença do vírus.
Medidas rigorosas de biossegurança minimizam o problema satisfatoriamente. Apesar de os programas de vacinação apresentarem resultados duvidosos, recomenda-se a imunização de reprodutoras com vacinas inativadas, para a transferência de anticorpos passivos para a progênie.
Em frangos de corte a via água é a mais utilizada, porém a via spray também pode ser usada com sucesso, desde que se usem cepas mais invasivas, e que o manejo da vacinação seja correto. Para poedeiras, a vacinação deve ser feita via água ou ocular/nasal. A via spray, para vacinação de Gumboro, em pintinhos de postura, pode não ser muito eficaz.
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Por Silvana Teixeira.
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