
O solo brasileiro, com exceção de algumas áreas do nordeste, costuma ser pobre de Ca, P, Mg e K, o que o torna ácido, explica Guilherme Barcellos Gjorup, professor do Curso CPT Interpretação de Análise de Solo para Recomendação de Calagem e Adubação.
Nos solos ácidos, há predominância de alumínio, o qual apresenta, entre outros, os seguintes malefícios:
• É tóxico para inúmeras culturas de importância econômica, como hortaliças, soja, milho, algodão e frutíferas em geral.
• Prejudica a absorção de outros nutrientes pela planta.
• Atrapalha o desenvolvimento das raízes, que ficam curtas e grossas, o que, consequentemente, prejudica o esenvolvimento da planta como um todo.
• Predispõe a planta a infecções fúngicas.

Foto: Comparação entre um sistema radicular que cresceu em um solo rico em alumínio tóxico e outro que cresceu em solo sem alumínio tóxico.
O pH adequado do solo deve estar na faixa de 5,5 a 7, sendo o 6 o mais mencionado como ideal na literatura. A calagem é o manejo mais indicado e utilizado nas lavouras para diminuir a toxidez do alumínio e do manganês e diminuir a acidez do solo.

Foto: Faixa de pH ideal para uns dos principais cultivos da agricultura brasileira
Analisando-a, conclui-se que a faixa de pH a que o solo deve ser submetido depende não só da análise do solo, mas também da tolerância da planta à acidez.
Nota-se, por exemplo, que o arroz é um pouco mais tolerante à presença de alumínio trocável na terra, de modo que, se plantado em área de pH 6, que é a mais recomendada pela literatura, estará fora da sua faixa de melhor desempenho.
Além de corrigir o pH, a calagem também aumenta a concentração de Ca e Mg no solo, estimulando a atividade microbiana na terra e a consequente fixação de nitrogênio. Com isso, a área torna-se muito mais fértil e a produtividade aumenta.
A calagem é um das práticas agrícolas com melhor custo-benefício, pois o aumento da produtividade que proporciona compensa o gasto de execução.
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Por Silvana Teixeira.
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