A coleta do solo para envio ao laboratório, processo que deve ser realizado antes do plantio de milho nas propriedades rurais, pode ser realizada em qualquer época do ano, mas, como o tempo necessário para envio das amostras para o laboratório, o processamento pelo laboratório e o envio do resultado geralmente é muito longo, ela deve ser feita com, no mínimo, 90 dias de antecedência da necessidade da aplicação de corretivos ou das adubações. Por isso, é recomendado que o produtor realize a análise de solo no início da estação seca, logo após a colheita.
Material necessário para a amostragem de solo
- Um balde limpo e seco para cada camada a ser amostrada.
- Lápis.
- Sacos plásticos com capacidade de 1 kg.
- Etiqueta de identificação.
- Um plástico resistente para mistura de amostra simples.
- Trado específico para amostragem do solo ou uma pá reta e um enxadão.
“Antes de iniciar a amostragem, a superfície do solo (no ponto de coleta de cada amostra) deve ser limpa, removendo-se os restos vegetais sem, contudo, remover a camada superficial do solo”, afirma Dr. Glauco Vieira Miranda, professor do Curso a Distância CPT Produção de Milho em Pequenas Propriedades.
Profundidade da amostra
Para que cada amostra simples seja igualmente representada na amostra composta, é importante que as amostras simples coletadas em uma gleba tenha o mesmo volume de solo. Para isso, deve-se tomar cuidado para coletar todas as mostras com a mesma profundidade, que deve ser, para as culturas anuais, de 20 cm de profundidade. Para a coleta, podem ser utilizados instrumentos desenvolvidos para amostragem de solos, chamados de trado, que são eficientes. Como a maioria dos agricultores não dispõe dessa ferramenta, a amostragem também pode ser feita com eficiência, utilizando-se uma pá reta ou um enxadão.
- Como fazer
Para a coleta da amostra, utilizando-se esses equipamentos mais simples, deve-se abrir um buraco com as suas paredes bem verticais, na forma de uma pequena trincheira, com profundidade um pouco maior que a indicada para a coleta, que no caso do milho é de 20 cm. A amostra deve ser coletada, cortando-se uma fatia de 4 cm de espessura em uma das paredes do buraco. Em seguida, com o solo ainda aderido ao instrumento, são cortadas as porções laterais do volume de solo, de forma a permanecer apenas os 4 cm centrais na amostra que estava aderida à pá ou ao enxadão. Essa amostra simples é, então, acondicionada em um balde limpo, sem nenhum resíduo de solo, adubo ou ração.
Amostragem do solo em área sob o sistema de plantio direto
Para área manejada sob o sistema de plantio direto, a amostragem deve ser feita de forma diferente. Nela, a amostragem deve ser feita, também, coletando-se uma porção homogênea de solo, retirada com enxadão ou pá de corte, no meio e transversalmente aos sulcos de plantio. Nos primeiros dois a três anos do sistema, recomenda-se que a amostra seja coletada em uma camada de 0 a 10 cm de profundidade e outra de 10 a 20 cm de profundidade. Nos anos seguintes, e para maior informação, amostrar em profundidades de 0 a 5 cm e outra de 5 a 20 cm.
O número de amostras simples, nesse caso, pode ser um pouco menor, indicando-se de 10 a 15 amostras simples por gleba.
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Por Silvana Teixeira.
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