
A análise de tecido, que tem como tipo mais comum a análise de tecido foliar (por isso “análise foliar” é geralmente usada como sinônimo), é uma ferramenta fundamental para refinar o manejo nutricional das plantas.
“Ela permite identificar problemas de desordem nutricional, determinando os teores de elementos em tecidos vegetais, principalmente nas folhas, visando ao diagnóstico do estado nutricional da cultura”, explica Júlio César Lima Neves, professor do Curso CPT Aplicação Econômica de Adubos.
Essa análise representa um auxílio muito importante para qualquer recomendação da calagem, adubação, avaliação dos níveis mínimos adequados de nutrientes ou da toxidez de elementos, como é o caso do alumínio e do manganês, em muitos solos.
Vários são os casos de deficiências e toxidez de nutrientes em plantas identificados pela técnica da análise foliar. Dentre elas, destaca-se deficiência de boro em videira, mamoeiro e algodoeiro, toxidez de boro e manganês em cafeeiro e toxidez de ferro em soja.
Além disso, ela permite distinguir sintomas provocados por agentes patogênicos daqueles provocados por nutrição inadequada, pois auxilia no conhecimento do estado nutricional da cultura, na interpretação dos efeitos da adubação já efetuada e, ainda, ajuda a estimar, indiretamente, o grau de fertilidade do solo.
Portanto, a análise foliar é um instrumento que, junto com a análise de solo, permite diferenciar sintomas de deficiências de outros fatores adversos.
Com esses resultados, pode-se ajustar o programa de adubação para que se aplique a dose adequada, para uma máxima produção da cultura, com mínimo de desperdício e máximo retorno econômico.
Cultura anual
• Fazer a amostragem na época do florescimento;
• Separar a área em talhões ou glebas com características o mais uniforme possível;
• Escolher apenas plantas com bom estado fitossanitário geral e folhas sadias;
• Evitar amostrar embaixo de chuva;
• Evitar amostragem de lavouras recém-fertilizadas (deve-se esperar, no mínimo, 30 dias após a adubação);
• Coletar folhas de aproximadamente 25 plantas por gleba de amostragem;
• Coletar em zigue-zague dentro da gleba de amostragem;
• Coletar em zigue-zague dentro da gleba de amostragem;
• Coletar folhas já expandidas, preferindo o terceiro trifólio;
• Coletar o trifólio com o pecíolo;
• Armazenas as folhas em um saco de papel simples identificado com o nome do talhão, da cultivar e o estado fitossanitário das plantas;
• Depois de coletadas, secar as folhas deixando os sacos com a amostra composta aberta em local muito bem arejado ou com sol por alguns dias; e
• Lacrar o saco com fita adesiva ou grampeador.
Cultura perene
• Fazer a amostragem na época do florescimento;
• Separar a área em talhões ou glebas com características o mais uniforme possível;
• Escolher apenas plantas com bom estado fitossanitário geral e folhas sadias;
• Evitar amostrar embaixo de chuva;
• Evitar amostragem de lavouras recém-fertilizadas (deve-se esperar, no mínimo, 30 dias após a adubação);
• Coletar folhas de aproximadamente 25 plantas por gleba de amostragem;
• Coletar em zigue-zague dentro da gleba de amostragem, mas tomando o cuidado de escolher plantas dos diferentes pontos cardiais da gleba (norte, sul, leste e oeste);
• Não escolher folhas da região apical da planta e nem da região basal. É preciso coletar folhas das regiões medianas, ou seja, do terço médio da copa;
• No terço médio, evitar as folhas da ponta do ramo e as folhas da base do ramo, recomendando-se o terceiro par de folhas;
• Coletar amostras de cada um dos quadrantes do pé;
• Armazenar as folhas em um saco de papel simples identificado com o nome do talhão, da cultivar e o estado fitossanitário das plantas;
• Depois de coletadas, secar as folhas deixando os sacos com a amostra composta aberta em local muito bem arejado ou com sol por alguns dias;
• Lacrar o saco com fita adesiva ou grampeador.
Gostou do assunto? Leia a(s) matéria(s) a seguir:
- Amostragem e análise do solo para aplicação econômica de adubo
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Por Silvana Teixeira.
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