A presidente da Petrobras, Maria da Graça Foster, declarou que o etanol é a melhor solução para a gasolina. Para ela, o retorno da porcentagem de etanol adicionado à gasolina para 25% reduziria a necessidade de importação do combustível. A declaração foi feita durante um evento realizado ontem pela revista The Economist.
De acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações mineiras de etanol cresceram 398% de janeiro a maio deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado. Esse resultado é bem superior à média nacional. As exportações brasileiras de álcool combustível subiram 33,2%.
Enquanto o etanol de primeira geração é feito a partir da fermentação da sacarose do caldo de cana-de-açúcar, o de segunda é feito da fermentação da celulose do bagaço da cana. É uma maneira de reaproveitar o resíduo proveniente da fabricação do etanol, uma vez que o subproduto pode poluir o ambiente. Além disso, contribui para aumentar a produção de combustível sem ocupar terras que poderiam ser usadas para o cultivo de alimentos.
Um projeto de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estuda a viabilidade do uso de variedades de mandioca com alto teor de açúcar para a produção de etanol. A "mandiocaba", como ficou conhecida, é inadequada para a produção de farinha, mas pode ser apta para a produção de álcool combustível.
A oferta de etanol vem caindo a cada ano, sobretudo nos meses de entressafra da cana-de-açúcar, principal matéria-prima usada na produção do álcool combustível. Por isso, algumas pesquisas estudam alternativas viáveis à cana. Uma delas é o sorgo sacarino, analisado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em parceria com uma empresa de grande porte.
Um levantamento da consultoria Datagro constatou que o consumo de etanol caiu 30% por causa dos preços altos, perdendo espaço para a gasolina. Na maior parte do Brasil, o preço do álcool combustível não compensa. Isso porque está havendo envelhecimento e grandes perdas nos canaviais, além da preferência das usinas em produzir açúcar, que tem obtido melhores preços no mercado internacional.
Os líderes das principais entidades do setor sucroenergético estão animados com uma safra melhor para 2013/2014. Por isso, eles acreditam que em maio de 2013 o governo deve anunciar o aumento da porcentagem de etanol anidro adicionado à gasolina, dos 20% atuais para 25%, a mesma que vigorava até 2010.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) pesquisa um método mais eficiente e barato para a produção de etanol celulósico. O objetivo é conseguir desenvolver um processo sustentável para a produção do biocombustível, aproveitando os resíduos da própria produção, como o bagaço da cana-de-açúcar e do capim-elefante.
O governo federal divulgou o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2021. O documento prevê que a cana-de-açúcar deve crescer 8,1% ao ano, nos próximos 10 anos, na matriz energética brasileira. O crescimento é o maior entre as fontes renováveis e só não é maior do que a participação do gás natural, com 9,1%.
A nova aposta do mercado de biodiesel é a produção de etanol a partir do amido da batata-doce. O projeto é de uma empresa do Rio Grande do Sul. Essa hortaliça foi selecionada por apresentar vantagem sobre outros vegetais utilizados na fabricação de biocombustível, uma vez que pode ficar até 14 meses debaixo do solo sem perder o amido. A melhor época para o plantio, segundo o professor pesquisador Jacimar Luiz de Souza,