
Segundo presidente de associação, é preciso invetir nos canaviais para retomar a oferta de etanol. Foto: reprodução.
Um levantamento da consultoria Datagro constatou que o consumo de etanol caiu 30% por causa dos preços altos, perdendo espaço para a gasolina. Na maior parte do Brasil, o preço do álcool combustível não compensa. Isso porque está havendo envelhecimento e grandes perdas nos canaviais, além da preferência das usinas em produzir açúcar, que tem obtido melhores preços no mercado internacional.
O presidente interino da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Antônio de Padua Rodrigues, defendeu que o setor precisará de investimentos de cerca de R$ 130 bilhões nos próximos 8 anos para aumentar a oferta de etanol no Brasil. Segundo ele, esse valor seria suficiente para que o álcool respondesse por 50% da matriz energética brasileira, usando cerca de 300 milhões de toneladas de cana-de-açúcar a mais do que hoje.
Um montante de 300 milhões a mais representa mais da metade do que é processado pela região Centro-Sul. Aproximadamente 45% da cana que será moída na safra 2012/2013 deve ser usada para a produção de açúcar. Caso a produção de etanol aumentasse, o preço abaixaria nos postos de combustíveis, fazendo retomar o consumo.
De acordo com Padua, para que se consiga chegar a um cenário no qual o etanol responda por metade da matriz energética brasileira até 2020, os recursos precisariam ser contratados a partir de 2013 até 2016. Esses investimentos incluem apenas a fabricação de etanol anidro, hidratado e energia, não contando outros adicionais para a produção e a exportação de açúcar.
A capacidade de moagem no Brasil é de quase 700 milhões de toneladas, que não está sendo aproveitada. Devido à baixa produção de etanol, 14 usinas pararam de operar na região Centro-Sul. No entanto, em outros anos, o combustível chegou a faltar no mercado por causa da grande demanda.
Por: Maria Clara Corsino.
Fonte: Reuters.
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